Alcaraz aliviado após evitar o descalabro: «Não sabia o que fazer, não havia qualquer espaço»

Por Nuno Chaves - Maio 31, 2025

Carlos Alcaraz construiu um problema que podia ter sido bem maior, ainda assim, qualificou-se para os oitavos de final de Roland Garros e, em conferência de imprensa, explicou o que lhe passou pela cabeça nas fases mais complicadas.

Os altos e baixos do jogo

Surgem sempre problemas. Jogar a um nível elevado durante duas, duas horas e meia é o mais difícil, há sempre momentos de quebra. Tive algumas dúvidas, tanto a nível físico como tenístico e ele soube aproveitá-las. É preciso dar-lhe mérito. No terceiro set não sabia o que fazer, não via qualquer espaço. No quarto parcial, com um break abaixo, tive de acalmar os pensamentos e pensar melhor no caminho que devia seguir. No final, consegui encontrar a oportunidade que ele me deixou.

A confiança que esta vitória lhe dá

Viver este tipo de situações nestas fases da competição e conseguir superá-las ajuda-me a perceber o que preciso de melhorar e a encarar as coisas de forma diferente. Superar momentos como este dá-me muitos aspetos positivos para o próximo confronto, coisas que não deviam acontecer. Senti que ele estava num momento de grande inspiração e eu não encontrava soluções. O que senti, sim, foi que estivemos muito perto de ir a um quinto set. Num jogo, quando começas a pensar na derrota, já estás perdido.

Tem algum problema físico?

Não tenho nenhum problema, foi simplesmente uma quebra física da qual me custou recuperar, mas no fim é o que é. Penso que os jogos à noite podem provocar um pouco mais de quebra. O Damir aproveitou o apoio do público, as pessoas tendem sempre a apoiar o menos favorito. Não dou muita importância a isso, talvez o Damir tenha jogado bem também por causa disso.

Jornalista na TVI; Licenciado em Ciências da Comunicação na UAL; Ténis sempre, mas sempre em primeiro lugar.