Big win, Big Foe! Tiafoe vinga-se de Shelton em duelo brutal e volta aos ‘oitavos’ do US Open

Por Pedro Gonçalo Pinto - Agosto 30, 2024

Prometia fogo de artifício… e não desiludiu. Houve pirotecnia para todos os gostos, mas quem fez a festa foi Frances Tiafoe, que conseguiu a tão ansiada desforra diante de Ben Shelton para se apurar para os oitavos-de-final do US Open. Um ano depois de ter caído nos ‘quartos’ diante do compatriota que viria a perder nas ‘meias’ com Novak Djokovic, Big Foe agigantou-se no teatro dos sonhos do Estádio Arthur Ashe para somar um triunfo especial.

Numa luta recheada de potência ao longo de mais de quatro horas, o número 20 do Mundo superou o 13.º num autêntico combate de boxe, com os parciais 4-6, 7-5, 6-7(5), 6-4 e 6-3. Para a história ficam 23 ases de Shelton contra 5 de Tiafoe, bem como 62-43 em winners mas também 58-27 em erros não forçados. Tiafoe mostrou-se mais sólido nos momentos mais importantes e a verdade é que até criou uns exorbitantes 21 break points, dos quais aproveitou cinco. Já Shelton capitalizou em três de sete, sendo que raras vezes beliscou o serviço de Tiafoe desde o quarto parcial.

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Shelton esteve sempre mais confortável no primeiro set e com naturalidade colocou-se em vantagem, mas Tiafoe aumentou a pressão no segundo parcial e partiu a barragem no décimo primeiro jogo para fazer a diferença. Na terceira partida, Shelton deixou fugir uma vantagem de 5-3 — com um set point no serviço — e ainda ameaçou um descalabro épico no tie-break, ao ver o 6-0 transformar-se em 6-5 antes de finalmente fechar. A partir daí, Big Foe cerrou os dentes, foi à luta e fechou a porta na cara do seu adversário, que só sonhou quando teve 15-40 a 1-1 na quinta partida. Não aproveitou esses break points, foi quebrado de seguida e já não se levantou do knockout.

Assim, Tiafoe está nos ‘oitavos’ do US Open pela quinta edição consecutiva, sendo que tenta, pelo menos, repetir os quartos-de-final do ano passado. Para já, fica à espera de Novak Djokovic ou Alexei Popyrin para saber quem terá pela frente. Já Shelton, que não defende as ‘meias’ da época passada, vai cair pelo menos para o 16.º posto do ranking ATP como consequência deste desaire.

O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt