This website uses cookies so that we can provide you with the best user experience possible. Cookie information is stored in your browser and performs functions such as recognising you when you return to our website and helping our team to understand which sections of the website you find most interesting and useful.
Nuno Borges: «Medvedev drena-te e faz-te sentir desesperado»
Nuno Borges viu terminada esta segunda-feira a sua histórica participação no Australian Open — ainda sacou um set numa batalha diante de Daniil Medvedev no duelo de acesso aos ‘quartos’ — e no final do encontro voltou a passar pela principal sala de conferências de imprensa de Melbourne Park para fazer a análise ao encontro e ao que esta semana significa para a sua carreira.
O QUE TORNA MEDVEDEV TÃO DIFÍCIL E ESPECIAL
O efeito que o jogo do Medvedev tem nos rivais é fazer-te falhar demais. Não é que ele te empurre muito para trás ou bata muito forte na bola, ou dispare winners atrás de winners. Mas ele leva-te para trocas de bola longas, drena-te lentamente e faz-te sentir desesperado e exagerar. Obriga-te a bater mais uma bola, outra e mais outra até que falhes. Ele é ótimo a fazer-te sentir dessa maneira.
BALANÇO DE UM GRANDE TORNEIO
Estou muito contente. Ainda não me apercebi bem daquilo que acabei de fazer aqui e do que significa mas para mim foi uma experiência incrível. Agora é o meu Grand Slam favorito. Gosto de jogar aqui. Vim de duas semanas não muito fáceis e saio daqui com uns oitavos-de-final. Estou orgulhoso do meu trabalho e tenho de ganhar confiança com aquilo que acabei de fazer aqui.
O QUE FEZ A DIFERENÇA NESTE AUSTRALIAN OPEN
Às vezes é acreditar um bocadinho mais no trabalho, à procura sempre de melhorar. Estou na minha melhor fase da carreira. Há semanas em que vou baixar um pouco, outras em que vou subir, mas tenho de me dar a oportunidade. Quando trabalho bem e estou bem de cabeça… posso fazer coisas incríveis. O ténis é mesmo assim.
UTILIZOU MUITO O AMORTI E VARIAÇÕES. ABORDAGEM TÁTICA DIFERENTE?
Não uso tanto o amorti normalmente em piso rápido por causa das condições. Mas o Daniil joga muito atrás no campo e achei que poderia fazer parte da minha estratégia puxá-lo para a frente. Já vi outros jogadores fazerem isso também contra ele. Fiz muito isso e subi mais à rede do que é habitual precisamente pela mesma razão. Foram as duas questões que alterei.
O QUE HÁ A MELHORAR?
Em termos físicos tenho muito a melhorar. Só estes encontros já me ajudam e puxam o meu nível para cima. Quero continuar a jogar os maiores torneios do Mundo e evoluir a competir. É a maior motivação que tenho. Adorei estar aqui a competir com os melhores do Mundo. Sou o jogador que sou e não vou passar a jogar com a mão esquerda ou a fazer serviço-volley. Mas posso melhorar muito cada pancada.
IGUALAR FEITOS DE JOÃO SOUSA
Não me quero comparar com o João. Ele é o melhor de todos os tempos. Fez dois oitavos-de-final de Grand Slam em singulares, mesmo nos pares fez coisas que mais ninguém fez. Eu só quero pensar no meu caminho, que é único. Não penso em fazer melhor do que ele. Tanto um como outro damos o melhor por Portugal. Tenho aprendido muito com ele e espero continuar a aprender enquanto ele ainda jogar e mesmo depois. Vejo o João Sousa como um grande exemplo.
- Categorias:
- Australian Open
- Portugal