Henrique Rocha: «O objetivo é ganhar este torneio em pares»

Por José Morgado - Junho 1, 2022
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Henrique Rocha, de 18 anos, apurou-se esta quarta-feira para os quartos-de-final de pares juniores de Roland Garros e no final mostrou-se naturalmente contente com aquilo que tem sido a sua parceria com o jovem norte-americano Nicholas Godsick.

VITÓRIA POR 6-1 E 6-0

Fizemos um grande encontro, jogámos muito bem. Esteve lá tudo, correu tudo bem diante de bons adversários que estavam a jogar bem. Mas nós fomos quase perfeitos e nos ‘quartos’ há mais um encontro para focar.

PRIMEIRA RONDA FOI MAIS DIFÍCIL

A primeira ronda era bastante complicada, já os conhecia, eram terceiros cabeças-de-série e foi bastante duro, ganho nos detalhes. Estivemos a perder 7-8 no super tiebreak. Foi bom vencer esse, este e agora estamos nos quartos-de-final.

BOA RELAÇÃO COM GODSICK

Damo-nos super bem. Não nos conhecíamos muito mas foi muito fácil. Ele é um bom rapaz, muito simpático e isso é mesmo muito importante para os pares, ter essa boa energia e puxar um pelo outro. Não sabia que ele gosta mais de jogar à direita e eu gosto mais de jogar à esquerda. E isso é bom. É importante irmos jogando juntos e juntos sermos melhores do que 1+1.

TINHA BILHETE DE REGRESSO APENAS PARA SEXTA-FEIRA

Espero ir para além de sexta-feira porque a final de pares é sábado. O meu objetivo é ganhar o torneio de pares, é para isso que estou cá. Vamos ver como corre.

PRIMEIRO ROLAND GARROS

Experiência incrível. Infelizmente não temos acesso aos estádios principais mas vamos entrando e é uma experiência e responsabilidade incrível. Pode estar aqui, a viver este sonho sei que um dia vou voltar aqui em seniores. É para isso que trabalho.

‘EXPLOSÃO DA NOVA GERAÇÃO NO CIRCUITO ATP

Os mais velhos estão cá há muito tempo. Nadal, Djokovic e Federer são grandes lendas, mas está na altura de renovar um pouco as caras. É isso que temos visto. Alcaraz está numa forma inacreditável e quase todos os outros jovens também. É bom ver caras diferentes a ganhar torneios e a chegar às rondas finais. É bom fazer parte da nova geração.

Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 16 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: jose_guerra_morgado@hotmail.com