Nadal: «Se não acreditasse que podia ganhar Roland Garros não estava cá»

Por Pedro Gonçalo Pinto - Maio 20, 2022
Créditos: Bruno Alencastro/Bola Amarela

Rafael Nadal entra em Roland Garros com 13 títulos conquistados, mas nem por isso se considera o favorito a vencer por uma 14.ª vez. Por outro lado, desengane-se quem pensa que o espanhol entra preocupado com o que aconteceu em Roma, local em que a sua lesão crónica no pé esquerdo voltou a incomodá-lo.

A DOR PODE DESAPARECER?

“Nunca vai acontecer dessa forma. Esse nem é o objetivo. A dor está lá sempre. Não vai desaparecer agora. O que interessa é ver se é forte o suficiente para me deixar jogar com hipóteses reais ou não. Vivo todos os dias com isto, não é nada de novo nem uma surpresa. Estou aqui para jogar ténis e tentar ter o melhor resultado possível em Roland Garros. Se não acreditasse que podia ganhar, não estava cá”

ZVEREV DISSE QUE ESTÁ A JOGAR 30% MELHOR EM PARIS

“Sou 30% melhor aqui ou do que o resto dos jogadores? (risos) Durante uns tempos fui, mas já não (risos). Não sei. Achei que ganhei 12 vezes em Barcelona, 10 em Roma, 11 em Monte-Carlo, então não há grande diferença. Ganhei aqui mais umas vezes, mas o meu nível em terra batida tem sido alto durante muito tempo na minha carreira, sem dúvida. É o que os números dizem. Infelizmente, não tenho a preparação que gostava e a fratura nas costelas para o grande momento em que estava”

CRENÇA DE VENCER

“As coisas podem mudar rápido no desporto. A única coisa que posso fazer é tentar estar pronto se algo mudar. Hoje parece difícil e há jogadores em melhor forma do que eu, sem dúvida. Isso é verdade hoje, mas não se sabe o que pode acontecer nos próximos dias. Aconteceu o mesmo na Austrália e eu fiquei em posição de ter uma hipótese. Aqui não é diferente”

BILHETES PARA VER A FINAL DA CHAMPIONS NO SÁBADO

“Bem, estou aqui para jogar Roland Garros mais do que qualquer outra coisa, não? Mas claro que já tenho os meus bilhetes!”

SENTE-SE O FAVORITO?

“Não, claro que não, porque os resultados dizem que não sou o favorito, mas isso é algo que nunca me preocupou. Quando eu era o favorito, também não me considerava o favorito. Claro que sou um dos candidatos. Sempre me considerei um dos candidatos aqui por causa do que já fiz aqui antes e agora na sexta-feira, antes de começar, não acho que seja o favorito de todo. Mas nunca se sabe o que pode acontecer”

O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt