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WTA cancela todos os torneios na China por causa de Peng Shuai
O WTA passou esta quarta-feira das palavras aos atos e decidiu cancelar todos os seus torneios agendados para a China, pelo menos enquanto a situação de Peng Shuai não é clarificada. Em comunicado assinado pelo norte-americano Steve Simon, presidente do WTA, o circuito anuncia que não planeia qualquer competição no país, que tem sido o principal parceiro estratégico do circuito na última década.
Antes de a pandemia cancelar todos os eventos desportivos internacionais na China, o país era a sede de três dos torneios mais importantes do circuito WTA: as Finals, em Shenzhen, e ainda dois WTA 1000 em Pequim e Wuhan. O circuito WTA anunciou ainda que Hong Kong também não receberá qualquer prova enquanto esta situação se mantiver.
“Não vejo como os nossos atletas possam competir lá, enquanto a Peng Shuai não puder comunicar livremente e foi pressionada para negar as suas denúncias de abusos sexuais. Tenho sérias dúvidas que esteja livre, segura e não esteja sujeita a censura, coação e intimidação. A WTA foi clara quanto a isto e repete a necessidade de uma investigação transparente no caso da acusação de abuso sexual de Peng Shuai”, começa por referir Steve Simon.
A tenista, de 35 anos, revelou ao mundo, no início de novembro, ter sido abusada sexualmente pelo ex-vice-primeiro-ministro Zhang Gaoli, numa publicação que foi imediatamente retirada da rede social chinesa Weibo. Apesar de ter reaparecido em 21 de novembro num restaurante de Pequim e num torneio de ténis na capital chinesa, de acordo com vídeos publicados pelos meios de comunicação oficiais chineses, e de já ter falado, através de videoconferência, com o presidente do Comité Olímpico Internacional, Thomas Bach, a WTA levanta dúvidas quanto à liberdade da atleta.
Peng Shuai, que já foi líder do ‘ranking’ mundial da variante de pares, venceu 23 títulos de pares femininos, entre os quais Wimbledon, em 2013, e Roland Garros, em 2014,
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