Pedro e Gastão antecipam mais um duelo de amigos: «Vai ser horrível de novo»

Por José Morgado - Dezembro 1, 2020
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FOTO: Beatriz Ruivo

Pedro Sousa e Gastão Elias, dois dos melhores tenistas portugueses de todos os tempos, reencontram-se esta quinta-feira na segunda ronda do Maia Open, mês e meio depois do embate entre ambos na primeira ronda do Lisboa Belém Open, ambos torneios Challenger.

Esta terça-feira, na primeira ronda, Pedro Sousa somou um triunfo tranquilo diante de Maxime Hamou. “Fiz um excelente encontro e estou contente por ter avançado. Não conhecia muito bem o adversário, falei com o Rui [Machado], ele deu-me algumas dicas mas eu estava mais preocupado comigo e estou satisfeito com aquilo que fiz. Não dei grandes hipóteses.”

Ainda antes de saber que ia reencontrar Elias e já depois de saber da eliminação do espanhol Pedro Martínez, primeiro cabeça-de-série, Pedro Sousa garantiu que preferia defrontar o seu amigo. “É indiferente quem vai avançando. O ranking não vale de muito, é preciso é mostrar dentro de campo. A este nível, todos os jogadores podem ganhar. Quero que o Gastão ganhe. Seria mais complicado para mim, mas prefiro sempre jogar contra ele.”

Já Gastão Elias, que tem jogado mais Futures do que Challengers por causa do seu ranking baixo, confessou o seu contentamento por voltar a vencer a nível Challenger. “Sabe bem não jogar por um ponto ATP, aqui foram 6 acho eu. É pena ter de jogar contra o Pedro Sousa, isso sabe menos bem, mas cá estarei. O encontro de hoje esteve sempre controlado, mesmo quando estava taco a taco sentia que eu era superior e que bastava focar-me um bocadinho mais que ia conseguir passar para a frente. Não costumo falar muito em sorte e azar, mas em alguns momentos ele hoje teve sorte. Ele fez uns serviços por baixo, nunca tinha acontecido. Surpreendeu-me um pouco mas foi divertido.”

Elias, que há seis semanas confessou que o seu encontro com Sousa foi ‘horrível’, não espera muito melhor deste na Maia em termos de qualidade. “É uma chatice jogar com o Pedro nas primeiras rondas. Já perdemos alguns portugueses, no nosso encontro vamos perder mais um e isso é mau. Provavelmente vai ser horrível outra vez. Vai haver nervos, vai haver stress. Considero-o favorito. É um jogador que está muito mais rodado do que eu ultimamente do que eu nestes patamares. No CIF havia um pouco mais de tensão, muita malta conhecida, o clube, primeira ronda. Esses fatores fizeram com que o jogo fosse um pouco mais stressante. É a última semana do ano. Quem perder entra de férias, há que pensar nos pontos positivos.”

E as condições indoor da Maia, ajudam quem? “Estas condições são um pouco traiçoeiras. Apesar de ser indoor, são muito lentas. A bola salta pouco, está frio. Condições mais lentas são melhores para o Pedro. Mais rápidas melhor para mim. Mas tudo pode acontecer.”

Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 16 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: jose_guerra_morgado@hotmail.com