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"Serena Slam" selado no palco de todos os sonhos
“Não acredito que estou aqui agarrada a este troféu, com outro ‘Serena Slam’. Sinto-me incrivelmente agradecida”. Serena Williams quebrou o tabu depois de ele final acontecer. Aos 33 anos, a norte-americana escreveu mais uma página determinante na história do ténis, que já conta com o seu nome bem lá no topo, onde só chegam os predestinados. Este sábado, a número um do Mundo voltou a conquistar o título de Wimbledon, ergueu a salva de prata pela sexta vez e somou o 21.º título de Grand Slam da carreira, colocando-se a apenas um troféu de igualar os 22 Majors de Steffi Graf, recordista da Era Open.
Numa final que não desiludiu, Serena Williams derrotou a jovem espanhola Garbine Muguruza, por 6-4 e 6-4. Aos 21 anos e a disputar o encontro mais importante da carreira, a espanhola não entrou nervosa e foi a melhor jogadora durante a primeira meia hora. Quebrou Williams no primeiro jogo do encontro e manteve a vantagem de um break até ao 4-2, altura em que o encontro virou.
Williams manteve a calma ainda que servindo muito pior do que é costume, mas conseguiu ser agressiva de fundo do court e pressionar a espanhola ao ponto de ela começar a duvidar. Resultado, venceu 9 de 10 jogos entre o 2-4 e o 6-4, 5-1 e colocou-se a servir para o tão desejado Serena Slam 2.0.
Quando se pensava que tudo estava acabado aconteceu aquela que porventura foi a maior surpresa do encontro: Williams tremeu, Garbine agigantou-se e venceu três jogos consecutivos, recuperando os dois breaks abaixo com um match point brilhantemente salvo pelo meio. A servir a 4-5 para não ser derrotada, a jovem nascida na Venezuela deu finalmente sinais de estar a sentir o momento e concedeu a quebra de serviço em branco.
O match point acabou por ser anti-climático. Garbine Muguruza ainda pensou em pedir um challenge, a árbitro de cadeira Alison Hughes manteve-se em suspenso e Serena Williams demorou alguns minutos e deixar explodir toda a alegria que tinha dentro de si. Doze anos depois, o segundo Serena Slam chegou mesmo, no palco mais especial de todos. Depois de um grave corte no pé, de uma embolia pulmonar e de muitas lesões.
Serena Williams
“Garbine, tenho a certeza que vais levantar este troféu um dia. És fantástica”.
Garbine Muguruza
“Não conseguia parar de chorar durante a ovação que o público me deu. Foi muito especial”
Ranking
Como é natural, o torneio de Wimbledon terá consequências claras no top-10 mundial. Serena Williams terá agora mais do dobro dos pontos da segunda classificada, Maria Sharapova, ao passo que Garbine Muguruza faz a sua estreia no top-10, diretamente para o nono posto, à frente da sua compatriota Carla Suárez Navarro.
Petra Kvitova, campeã em 2014, cai do segundo para o quinto posto, ao passo que Ana Ivanovic, eliminada na segunda ronda, e Agnieszka Radwanska, semifinalista, sobem posições na hierarquia feminina.
#WTA top-10 on Monday: 1. Serena 2. Sharapova 3. Halep 4. Wozniacki 5. Kvitova 6. Ivanovic 7. Radwasnka 8. Safarova 9. Muguruza 10. Suárez
— José Morgado (@josemorgado) 11 julho 2015
Mais história em Nova Iorque
O ano de 2015 pode continuar a ser verdadeiramente inesquecível para Serena Williams. Depois do segundo Serena Slam, Williams busca agora completar o Grand Slam de calendário pela primeira vez na carreira. A única jogadora a consegui-lo na Era Open foi Steffi Graf, que em 1988 venceu não só todos os Majors como os Jogos Olímpicos de Seul, na Coreia do Sul.
Sem pressão para o US Open Tennis Championships…
Posted by Bola Amarela on Sábado, 11 de Julho de 2015
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