Zverev tem paciência: «Federer e Nadal também não voltam logo a cem por cento»

Por Pedro Gonçalo Pinto - Dezembro 8, 2022

Finalmente, Alexander Zverev voltou. Sem competir desde aquela terrível lesão sofrida nas meias-finais de Roland Garros, o alemão disputou a Diriyah Cup, sendo que bateu Dominic Thiem antes de ser arrasado por Daniil Medvedev. Nada que o deixe preocupado, na verdade.

“Não tenho nenhum objetivo, só me quero divertir. Isto ainda é um processo, ainda tenho de voltar a ficar a cem por cento. Depois de uma lesão não se fica logo a jogar como antes. Não funciona assim. As pessoas acham que Rafa e Roger voltam a cem por cento, mas também não voltam. Rafa voltou no ano passado e acho que perdeu os encontros todos na exibição de Abu Dhabi. Depois jogou o Australian Open, ganhou o torneio e jogou o ténis da sua vida. Foi o mesmo com o Roger na Hopman Cup. Perdeu comigo, não jogou bem e encontrou a melhor forma no Australian Open”, atirou.

É precisamente a esses exemplos que o alemão se quer agarrar. “Espero que seja parecido comigo. Não vou jogar o meu melhor ténis de imediato, claro. Provavelmente também não o vou jogar no Dubai. Espero que melhore a cada dia e que na Austrália chegue como quero estar. Com sorte, encontrarei rapidamente a forma que tive este ano e no ano passado, talvez ainda melhor. Enquanto o pé estiver bom, acho que vou lá chegar”, disparou.

Zverev falou ainda daquilo que sentiu saudades. “Senti saudades de tudo. Os últimos sete meses não foram fáceis para mim. Senti falta do ténis, dos torneios, das entrevistas, de tudo. Estou feliz por estar de volta e com os melhores do Mundo aqui. As coisas vão começar a funcionar bem outra vez. A lesão ensinou-me a ser mais paciente e a apreciar as pequenas coisas. Quando voltei a andar pela primeira vez estava feliz como uma criança, senti que tinha ganho o maior torneio do Mundo”, admitiu.

O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt