Youzhny lembra fim de ligação com Shapovalov: «Comecei a sentir-me um sparring…»

Por Pedro Gonçalo Pinto - Dezembro 29, 2023
shapovalov miami
Peter Staples/ATP

Mikhail Youzhny Denis Shapovalov começaram por formar uma dupla promissora, com o tenista canadiano a exibir potencial para os voos mais altos no ténis mundial. Certo é que essa ligação terminou uma vez, foi reativada e depois acabou de vez, com o russo agora a explicar o que se passou.

“Depois das meias-finais de Wimbledon estivemos em desacordo em algumas decisões de calendário. Pensava que devíamos ajustar o plano que tínhamos acordado de início. Comecei a sentir que tínhamos perdido um pouco a ligação, então finalizámos a nossa colaboração no fim daquele ano. Foi por mútuo acordo, mas se tivesse de definir os motivos diria que foi devido à gestão do calendário e dos treinos. Comecei a sentir-me um sparring em vez de um treinador”, afirmou ao Tennis Majors.

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Certo é que Youzhny ainda voltou a treinar Shapovalov mas num período muito curto. “Lembro-me de ver o encontro dele com De Minaur no Canadá em 2022. O Denis ligou-me para saber a minha opinião e perguntou se eu podia ir ao US Open. Treinámos juntos, contou-me mais coisas sobre a sua temporada e os problemas que estava a ter fora do court. Jogar não estava a ser fácil para ele. Pediu-me para ser o treinador principal, viajar cerca de 20 semanas por ano e parecia um desafio que era interessante aceitar. Falámos muito em Nova Iorque e tivemos imensas conversas, mas sentia que nada tinha mudado”, começou por explicar.

“Sentia que não podia dar-lhe a mudança que ele precisava. Ouvia mas não fazia a cem por cento o que era preciso para ser um jogador de topo. Há dois ou três anos era um dos tenistas que podiam ser top 10 de forma consistente, mas para que isso aconteça tem de mudar um par de coisas fora do ténis. Tem de estar cem por cento saudável e fisicamente melhor. O principal é o ténis ser a prioridade. A maioria do tempo é, mas tomou algumas más decisões em que não colocou o ténis como prioridade”, rematou.

O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt