Wilander tem cinco candidatos a ganhar o Australian Open: «Mas há um claro favorito»

Por José Morgado - Janeiro 11, 2020
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Mats Wilander, antigo campeão do Australian Open e comentador do Eurosport para os torneios do Grand Slam, conversou com o Bola Amarela na antecâmara do primeiro Grand Slam de 2020 e revelou-nos quem são, para ele, os principais favoritos à conquista do título em Melbourne. Ao contrário do que muitas vezes acontece com o sueco, desta feita… ele não arriscou.

“Nadal e Djokovic partem como favoritos, mas penso que o Australian Open tem-se tornado num problema para o Rafael Nadal. A principal razão penso que tem a ver com a velocidade dos courts. São os hardcourts mais rápidos do circuito e ele é demasiado rápido para ele. Para mim, piso rápido demasiado veloz é a pior superfície para ele porque toda a gente quer defrontá-lo nessas condições de jogo. Se o Djokovic chegar a Melbourne numa forma decente, ele é de longe o favorito ao título. Ele sabe como fazê-lo, já ganhou sete vezes, e sabe que se começar bem vai provavelmente ter mais uma grande temporada. Entre os dois, é o favorito claramente”, confessou-nos em entrevista.

Para além destes dois, Wilander só imagina mais três tenistas a ganharem o torneio. “Em cada Grand Slam temos tido mais jogadores com capacidade de derrotarem o Big Three: Shapovalov, Rublev, Auger Aliassime, todos esses. Há imensos jogadores jovens que já não respeitam tanto os favoritos como antigamente. Mas quando chegamos à altura jogadores que podem, efetivamente, ganhar na Austrália, não penso que haja muitos. Federer não é o favorito para ganhar em Melbourne, mas é o favorito para ganhar a toda a gente menos a Nadal e Djokovic. Penso que tanto Tsitsipas como Medvedev podem ganhar o Australian Open, porque há algo diferente na mentalidade deles em relação aos outros. Mas fora o Big Three, para mim, são os únicos”.

Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 16 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: jose_guerra_morgado@hotmail.com