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Wawrinka vê o fim à vista: «Provavelmente, este foi o meu último Roland Garros»

Stan Wawrinka foi esta segunda-feira eliminado na primeira ronda de Roland Garros e, no final, admitiu que pode ter sido a sua última vez em Paris.
O tenista suíço, em conferência de imprensa, reforçou que ainda desfruta de competir mas não garantiu a sua presença no Major parisiense na próxima temporada.
FIM MAIS PRÓXIMO
Estou aqui diante de vocês depois de perder na primeira ronda. É evidente que estou perto do fim, mas não vou parar já, isso é certo. A cada semana estou mais próximo, claro, mas penso que continuo a jogar bom ténis, continuo a mover-me bem e continuo a desfrutar. Todas estas derrotas estão a tornar-se difíceis de digerir, mas quero encontrar o equilíbrio entre o sacrifício e tudo o que se faz para se manter a este nível. De vez em quando é preciso vencer encontros, mas neste momento não estou a conseguir muitas vitórias — ou pelo menos, não as suficientes. Vamos ver o que acontece, acabei agora mesmo este Roland Garros, logo se verá o que acontecerá nas próximas semanas.
AMOR PELO TÉNIS NÃO DESAPARECE
A paixão e o prazer continuam presentes todos os dias, a maior satisfação é ter o público do meu lado, a apoiar-me e a cuidar de mim. Quando se cria esse ambiente incrível, é absolutamente maravilhoso e sei que nunca encontrarei isto noutra carreira que possa vir a ter. Se olhar para tudo o que está a acontecer agora, a verdade é que continuo a desfrutar do ténis, embora seja importante que tudo esteja equilibrado. Há muito sacrifício, muito esforço, todo o treino e a disciplina que são necessários para continuar aqui, aos 40 anos, a um nível razoável. Pelo menos deveríamos ter algum retorno do investimento ao ganhar alguns jogos, mas está a tornar-se cada vez mais difícil.
SENTIMENTO DE MISSÃO CUMPRIDA
Acho que alcancei muito mais do que alguma vez sonhei quando era jovem. O meu sonho era ser tenista profissional, ter a oportunidade de disputar estes torneios do Grand Slam, simplesmente estar nos quadros principais. Depois tive a oportunidade de ganhar três deles, de alcançar feitos incríveis pela Suíça com a Taça Davis e os Jogos Olímpicos. Estou muito feliz com tudo o que conquistei até agora, mas as desilusões das últimas semanas estão a tornar-se cada vez mais difíceis de digerir, é importante ser realista.
JOGAR UM GRAND SLAM
Essa sensação nunca mudará, trata-se da pura paixão que sinto por este desporto. Sem dúvida, é a emoção de que mais gosto, continuo a desfrutar imenso do apoio que recebo de toda a gente. Comovo-me ao ver todas as pessoas a apoiar-me e à minha espera no court, a tentar ajudar-me a vencer jogos. Esta é uma das principais razões pelas quais continuo a esforçar-me: para ter a oportunidade de jogar partidas como a de hoje. Por mais duro que seja perder, porque perder nunca é agradável, esse apoio continua a ser muito especial.
POSSÍVEL ADEUS A ROLAND GARROS
Reformar-me do ténis é uma decisão muito pessoal, ainda não sei bem como a vou enfrentar. Digamos que não há garantias de que volte a Roland Garros no próximo ano. Se não vencer alguns encontros, se os meus resultados não me fizerem subir no ranking, não voltarei — nem com um wildcard nem de nenhuma outra forma. Isto pode dar-vos algumas respostas. Quanto às próximas semanas, a temporada de terra batida está a chegar ao fim, dei tudo para mostrar um bom nível e estou satisfeito com aquilo que ainda consigo fazer física e tecnicamente. Preciso de resultados — sou muito competitivo. Apesar de tudo isto me dar prazer e de ser apaixonante, se jogo é para ganhar. Neste momento, a situação é bastante desequilibrada, porque desde o início do ano não consegui encontrar os resultados. Provavelmente, este foi o meu último Roland Garros.
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