Vasco Costa já aponta às Davis Cup Finals: «Seria a realização de um sonho»

Por Pedro Gonçalo Pinto - Setembro 17, 2022
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Vasco Costa era um homem feliz no final da eliminatória entre Portugal e Brasil. A seleção nacional garantiu um lugar no derradeiro obstáculo de acesso às Davis Cup Finals, algo que faz o presidente da Federação Portuguesa de Ténis sonhar.

LEGADO NA PRESIDÊNCIA

Acho que o que temos tentado nos últimos anos é elevar o nível das nossas organizações e o profissionalismo da FPT. O futuro a Deus pertence, nunca sabemos o que vai acontecer. Ainda falta tempo para as eleições e estou tranquilo. Ainda falta tempo para acabar o mandato. Se me preocupasse muito com isso, acho que não conseguíamos fazer as coisas que temos feito para o ténis português. O nível médio tem-se elevado e é para isso que nós trabalhamos. Ainda vamos ter boas surpresas no próximo ano, no ténis masculino e feminino. Apanhámos aqui uma geração de jogadores que prematuramente acabaram a carreira e a substituição não foi em devido tempo porque houve um hiato. Temos jogadoras para ter bons resultados já no próximo ano que vão surpreender.

DESAFIO DE ORGANIZAR UMA ELIMINATÓRIA DESTAS

O desafio é fazer mais e melhor. É sempre possível melhorar a qualidade do nosso ténis, dos nossos jogadores. É para isso que trabalhamos todos. É uma equipa muito competente na FPT e dou publicamente os parabéns porque as organizações de torneio para torneio tem vindo a subir o nível. Estamos capazes de organizar qualquer torneio.

O QUE SIGNIFICARIA ENTRAR NAS DAVIS CUP FINALS

Realizar um sonho dos jogadores e da própria FPT, que nunca esteve nas Finals de uma Taça Davis. Estes jogadores merecem pelo seu empenho e temos visto ao longo dos últimos anos que todos os jogadores têm muito empenho e vontade de representar a seleção nacional, não acontece em muitos países. Seria um prémio para eles muito interessante. Monetariamente também é interessante porque os prémios são muito elevados. Tudo junto era um grande prémio para todos. O sorteio será só em novembro, depois dos grupos e dos quartos-de-final. O sorteio vai ditar tudo. Primeiro, a vontade já foi expressa que é jogar em casa. E depois, dentro das equipas, uma que não seja imbatível.

IMPORTÂNCIA DO PAPEL DA FPT

No ano passado, como sabem, o ATP solicitou a realização de vários Challengers, como o ATP 125 que fizemos. É muito importante e muitos jogadores portugueses ganharam muitos pontos nessa altura. Não gosto de esquecer que na primeira semana em que começaram os torneios ITF, nós fomos os únicos a realizar um torneio feminino. A nossa capacidade organizativa permitiu-nos porque as restrições da Covid eram muito grandes. Estamos preparados para fazer qualquer prova. Estes torneios são fundamentais para evolução do ténis português, para todos. Temos apostado não só em torneios Challenger, aumentámos muito os torneios de juvenis. É um trabalho que não é de um ano para o outro mas já começamos a ver o nível médio a subir e lutamos com equipas que há uns anos não era possível. Perdemos com França na Summer Cup, com três jogadores juniores top 10, e nós perdemos 7-6 no último encontro. O nosso nível juvenil tem vindo a evoluir. Temos de nos preocupar com os profissionais mas também em subir a qualidade média dos nossos juvenis.

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O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt