US Open 2021: as previsões do Bola Amarela
CAMPEÃO MASCULINO
José Morgado — Alexander Zverev: correndo o (enorme) risco de falhar ao apostar contra o grande favorito, sinto todos os anos que o US Open é a maior oportunidade de um membro da nova geração ganhar um Major. É também aquele que foi ganho por um maior número de tenistas desde o aparecimento do Big Three — Del Potro, Cilic, Murray, Wawrinka e Thiem. Pode estar na hora de Zverev, até porque a pressão em cima de Novak Djokovic poderá ser demasiado pesada.
Nuno Chaves — Novak Djokovic: é a opção mais fácil, é certo. Ainda assim, apesar da muita pressão que acredito que vai ter pela frente, não acredito que o sérvio deixe escapar dois grandes objetivos no espaço de dois meses – Jogos Olímpicos e US Open. A concorrência vai ser muita mas creio que a história vai mesmo ser feita em Nova Iorque.
Pedro Pinto — Novak Djokovic: não tenho coragem de apostar contra o sérvio perante uma oportunidade de fazer história. Os Jogos Olímpicos tinham o cenário mais possível de haver essa surpresa, mas à melhor de cinco sets tenho muitas dúvidas de que Medvedev, Tsitsipas ou Zverev se consigam agigantar.
DARKHORSE MASCULINO
José Morgado — Reilly Opelka: em grande forma e numa secção do quadro ‘negociável’, não me admiraria vê-lo nos quartos-de-final.
Nuno Chaves — Frances Tiafoe: é certo que pode apanhar Andrey Rublev na terceira ronda mas o norte-americano tem vindo a subir o nível nas últimas semanas e, a jogar em casa e com 100% de lotação… pode causar uma surpresa. Sabemos que Tiafoe é daqueles que vive para entreter o público…
Pedro Pinto — Jenson Brooksby: o jovem norte-americano é uma das surpresas da temporada, mas até já venceu no quadro principal do US Open em 2019. Não tem um quadro assustador e tem capacidade para, com a ajuda do público, surpreender e avançar para os ‘oitavos’, por exemplo.
PRIMEIRO TOP 10 A CAIR
José Morgado — Denis Shapovalov: o quadro é mau e a forma ainda pior.
Nuno Chaves — Denis Shapovalov: neste momento é a escolha mais fácil. Desde as meias-finais de Wimbledon com Djokovic… ainda não venceu.
Pedro Pinto — Denis Shapovalov: é quase impossível seguir outro caminho aqui. É que nem a sorte quis nada com o canadiano na hora de definir o quadro principal…
CAMPEÃ FEMININA
José Morgado — Naomi Osaka: sempre difícil apostar no ténis feminino, mas a japonesa continua a ser — de longe — a melhor jogadora do Mundo em piso rápido se estiver a jogar 80% do que sabe. As primeiras rondas são importantes para ganhar confiança, até porque tem um quadro bem complicado.
Nuno Chaves — Ash Barty: é a melhor jogadora do mundo e o nível dela em Cincinnati foi altíssimo. Acredito que Osaka vai continuar instável mentalmente e a australiana já demonstrou que estabilidade parece ser com ela.
Pedro Pinto — Ash Barty: a australiana parece estar nas nuvens e dois ou três degraus acima de toda a gente. A jogar em piloto automático, será preciso uma super exibição de alguma concorrente para que abane. Mas não vejo isso a acontecer em Flushing Meadows.
DARKHORSE FEMININA
José Morgado — Marketa Vondrousova: o quadro é bom e ela mostrou recentemente aquilo de que é capaz…
Nuno Chaves — Coco Gauff: o quadro é difícil mas esta menina prodígio já provou o ténis que tem. Está a jogar em casa e já mostrou que sabe jogar bem em Nova Iorque.
Pedro Pinto — Emma Raducanu: tem talento que se farta e traz ritmo do qualifying. É extremamente jovem, mas o episódio de Wimbledon pode tê-la ajudado a desbloquear-se e soltar ainda mais o seu ténis. Cuidado com esta miúda.
PRIMEIRA TOP 10 A CAIR
José Morgado — Elina Svitolina: vem de título em Chicago mas tem o pior quadro de todas as top 10. Bianca Andreescu é a top 10 em pior forma, mas acredito que consiga reencontrar alguma em Nova Iorque.
Nuno Chaves — Bianca Andreescu: campeã em 2019, é certo, mas esta temporada está a ser para esquecer. Acredito que precisa de fazer um reset para começar tudo de novo em 2022. Ténis tem que se farta mas a cabeça (e o físico) não tem acompanhado.
Pedro Pinto — Bianca Andreescu: não só está a viver um autêntico pesadelo em termos de lesões e de falta de ritmo, como enfrenta logo uma adversária traiçoeira em Viktorija Golubic. Pode perfeitamente cair logo à primeira.