Tsitsipas defende-se após ser arrasado por causa da pandemia: «Não fiz nada de mal»

Por José Morgado - Agosto 22, 2020
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Stefanos Tsitsipas, número seis do ranking ATP, é aos 22 anos uma das grandes figuras desportivas do seu país. O grego, que está em Nova Iorque para jogar Cincinnati e o US Open, foi muito criticado no seu país durante as últimas semanas por ter ido de férias para Mykonos, uma das ilhas mais bonitas do país, com um grande grupo de amigos, depois de ter feito uma série de vídeos onde pedia aos jovens da sua idade que ficassem de quarentena por alguns dias sem contacto com as suas famílias depois de voltarem de férias com amigos.

“As duas coisas são completamente diferentes. A mensagem que eu tentei passar com o vídeo nas minhas férias em Mykonos foi de que os jovens que voltam das férias para junto das suas famílias devem ter cuidado, ficar em quarentena por uma semana antes de voltarem a interagir com eles, por motivos de segurança, por motivos de saúde. Porque nunca sabemos o que pode encontrar nas ilhas. Na verdade, tomei a decisão de ir de férias com 12 amigos em Mykonos há algumas semanas e diverti-me muito. Não o fiz com má intenção nem nada de mal, não fui quebrar nenhuma regra. Eu fiz as coisas exatamente como era permitido. As coisas na Grécia estão controladas e estamos a tentar evitar exageros”, confessou em vésperas de entrar em ação na Big Apple.

Tsitsipas admitiu ainda que jogar sem público será diferente.Não sei, é diferente jogar sem pessoas nas bancadas. Eu assistir a algumas partidas do qualifying. Não há muito ambiente quando os jogadores estão a jogar. Não há nada disso. Acho que a última vez que joguei sem público foi quando eu tinha 12, 11 anos, há muito tempo. Acho que vai ser um desafio para a maioria dos jogadores, especialmente para os melhores jogadores, que estão habituadosa ter uma grande base de fãs”.

Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 13 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: josemorgado@bolamarela.pt