Thiem: «Se continuar assim posso lutar pela liderança do ranking»

Por José Morgado - Novembro 23, 2020
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Dominic Thiem, número três do ranking mundial, vai terminar 2020 mais próximo do que nunca da liderança do ranking mundial — e também do segundo lugar de Rafael Nadal. O austríaco, que em 2020 ganhou o US Open e foi vice-campeão do Australian Open e destas ATP Finals, acredita que esta temporada, ainda que atípica, mostrou que ele tem condições para lutar pela liderança do ranking ATP.

“Foi um ano muito intenso. Desde que o ténis voltou depois da paragem tem sido sempre a andar, sem parar. Obviamente adorava subir mais dois lugares até ao topo. Acho que estou no melhor momento da minha carreira profissional e se continuar assim posso lutar pelo número um do Mundo. Não será uma tarefa fácil. O Rafa e o Nole estão lá há muito tempo, o Roger vai voltar no início do ano e jogadores como Medvedev, Zverev, Tsitsipas ou Rublev também vão lutar para tentar subir posições”, assumiu em conferência de imprensa após perder diante de Daniil Medvedev em Londres.

O austríaco de 27 anos fez o balanço de uma temporada em que alcançou coisas importantes. Foi um ano muito interessante. A temporada começou muito bem em Melbourne, mas depois tudo mudou como a COVID. O Mundo parou de certa forma. Depois de vários meses, começámos a treinar e depois a competir em ambientes completamente diferentes, dentro de bolhas e sem espectadores. Foi uma temporada muito difícil. Não apenas para os jogadores de ténis, mas para as pessoas em geral. Se eu tiver de analisar apenas o meu ténis, devo dizer que foi um ano excelente. Alcancei um dos grandes objetivos que tinha no início da minha carreira: ganhar um Grand Slam. Espero que possamos voltar ao normal o mais rápido possível”

Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 16 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: jose_guerra_morgado@hotmail.com