Swiatek tem 3000 pontos a defender em mês e meio: «Não penso nisso»

Por José Morgado - Fevereiro 13, 2023
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Iga Swiatek, número um do Mundo, iniciou no ano passado por esta altura uma impressionante série de vitórias consecutivas que lhe valeu a conquista de seis títulos seguidos — Doha, Indian Wells, Miami, Estugarda, Roma e Roland Garros. Agora, não há volta a dar e a polaca de 21 anos tem todos esses pontos a defender, como é natural. No regresso a Doha, que este ano é um WTA 500 (o Dubai, na próxima semana, será WTA 1000), a tenista de leste garante que não sente a pressão da defesa dos pontos, nem depois de ter perdido mais cedo do que gostaria (oitavos-de-final) no Australian Open.

Swiatek é a primeira cabeça-de-série no Qatar e tem um bye na primeira ronda. Na segunda, logo um teste difícil: defronta a vencedora do encontro entre a norte-americana Danielle Collins e a belga Elise Mertens.

DE REGRESSO A DOHA COM MENTALIDADE DIFERENTE

“Não estou focada em defender os títulos. Sinto que a cada ano o torneio começa de novo e é uma história diferente. Simplesmente não faz sentido para mim entrar num torneio a pensar no do ano passado, comparar experiências, resultados, adversárias, etc. Podem passar-se muitas coisas em 12 meses e assim terá sido seguramente nesta situação”

O QUE FEZ DESDE A AUSTRÁLIA

“Descansei um pouco, estava a precisar. Sei o que fiz mal na Austrália. Foquei-me em baixar as minhas expectativas, não esperar tanto de mim mesma e não tentar ser perfeita em todos os momentos. A temporada passada foi muito atípica, estranha e pode confundir-me a cabeça. Quero meter os pés no chão, focar-me e trabalhar duro em court”.

MEMÓRIAS DE UM ANO INCRÍVEL

“Foi uma temporada surpreendente e passaram-se coisas raras. Sempre quis ser uma daquelas jogadoras consistentes que pode manter-se no topo durante muitos anos, mas não esperava que isso acontecesse logo em 2022. E isso surpreendeu-me. Agora trabalho para as que as coisas continuem assim, a correr-me da melhor forma possível.”

PRESSÃO DE SER NÚMERO 1?

“Há vezes em que essa pressão se sente, é normal, mas cada jogador lida com isso à sua maneira. Mas eu quero continuar a trabalhar sem pensar nisso, na carga que levo nos ombros. Tento manter-me fiel a mim mesma. Sei que tenho muitos pontos a defender nos próximos meses [3000 até ao final de março] mas não penso nisso”.

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Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 16 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: jose_guerra_morgado@hotmail.com