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Swiatek revela a conversa com Nadal que a marcou para sempre

Depois de somar a primeira vitória em Roland Garros 2025 sobre Rebecca Sramkova, em dois sets, Iga Swiatek falou com os jornalistas, onde expôs as emoções que sentiu na homenagem a Rafael Nadal e contou ainda a história do dia em que uma conversa com o ex jogador espanhol mudou a sua perspectiva para sempre.
EMOÇÕES DA HOMENAGEM
“Não diria que chorei de verdade, mas certamente que me escapou uma lágrima. Acho que houve dois momentos durante a cerimónia em que fiquei realmente emocionada, mas tentei conter-me para não parecer tão mal. A verdade é que foi uma homenagem incrível, e fico muito feliz que Roland Garros tenha feito isto pelo Rafa. Alegra-me imensamente que o mundo do ténis tenha tido a oportunidade de se unir e lhe agradecer desta forma por tudo o que fez. Todos lhe devemos gratidão. É estranho vê-lo agora assim, depois de tantos anos a vê-lo em campo a lutar e a esforçar-se ao máximo. É um verdadeiro campeão, e estou contente por ter estado presente.”
RADUCANU NA SEGUNDA RONDA
“Cada jogador tem o seu próprio percurso e as suas mudanças, mas é evidente que ela é uma grande jogadora, e tem uma direita poderosa. Sabe usar muito bem os efeitos. Já jogámos algumas vezes, por isso conhecemo-nos bem. Vou ter de estar muito intensa e concentrada em mim mesma. Ela é campeã do US Open, por isso sabemos que consegue jogar ténis de alto nível. Estarei pronta para o desafio. É verdade que jogámos recentemente em Melbourne, mas são superfícies completamente diferentes. Vou ter de preparar bem a parte tática, como faço sempre em jogos em terra batida.”
NÃO JOGAR DE NOITE
“Todos os anos me perguntam sobre este tema, mas a minha posição não mudou. Eu gosto de jogar durante o dia, por isso fico contente por me terem dado este horário e já ter terminado, agora posso descansar mais. Por outro lado, não acho que as pessoas estejam assim tão preocupadas com a comparação entre os horários dos homens e das mulheres. Coisas deste género encontram-se continuamente ao longo do calendário. Podíamos falar disto o tempo todo, mas as minhas respostas não seriam diferentes. Não me incomoda muito este tema.”
SER MAIS FACIL GANHAR UM GRAND SLAM NA ADOLESCÊNCIA
“Ganhar um Grand Slam é sempre difícil, para qualquer jogadora, mas talvez para uma adolescente seja um pouco mais fácil. Com essa idade, o normal é passar despercebida, ninguém te observa com atenção, não tens um alvo nas costas, por isso as expectativas são mais baixas. É por isso que pode ser mais fácil ganhar um Grand Slam nessas idades. Pelo menos, mais fácil do que para alguém como a Madison, por exemplo, que já está há muitos anos no circuito. A essa altura, toda a gente já conhece o teu jogo, e talvez já tenhas passado por muitas situações em que atingiste objetivos e isso te assombre. Sim, definitivamente, vencer enquanto adolescente é mais fácil.”
NADAL E OS SEUS VALORES
“Tudo o que tenha a ver com o Rafa inspira-me. Não só o que fez dentro do court, onde todos o vimos a nunca desistir e a ganhar inúmeros jogos, mas também o vimos ultrapassar momentos muito difíceis, dias em que o jogo não lhe saía e mesmo assim conseguiu dar a volta e vencer. Mesmo a voltar de lesão, a sua atitude sempre foi exemplar. Fora do court é igual – o modo como trata as pessoas é extraordinário. Ontem foi incrível vê-lo chorar quando entrou o staff de Roland Garros – nota-se o quanto eram importantes para ele. É uma pessoa muito humilde, admiro-o imenso. É um exemplo para todos nós, especialmente hoje em dia, em que as pessoas só querem drama e visibilidade constante. Ele simplesmente faz o seu trabalho e foca-se nisso. É por isso que todos o respeitam.”
HISTÓRIA COM NADAL
“Em 2021, quando perdeu com o Novak nas meias finais e todos estávamos no mesmo hotel, lembro-me de ter ficado muito triste com a derrota. No dia seguinte encontrei-o sentado, a tomar o pequeno almoço. Fui ter com ele e perguntei: ‘Como te sentes?’. Ele estava tranquilo e respondeu-me: ‘É apenas um jogo de ténis, terei muitas mais oportunidades’. Nesse momento pensei: ‘Como é possível? Porque é que eu estou a chorar se ele não está?’.”
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