Swiatek: «Ganhei Roland Garros em 2020 e isso só aumentou a minha fome de glória»
Iga Swiatek, número um mundial, chega a Roland Garros como a grande candidata a conquistar o título, apesar do sorteio até nem ter sido propriamente favorável.
Ainda assim, sem surpresas, a motivação da polaca está em alta e numa entrevista muito interessante ao Tennis Conected, Swiatek regressou às origens e reforçou o desejo em continuar a vencer.
IMPORTÂNCIA DA IRMÃ E NADAL
O meu pai teve um grande impacto. Foi ele quem me ensinou a jogar e à minha irmã. Ela é mais velha que eu e lembro-me de ir ver os seus treinos e interrompê-la constantemente porque queria fazer o mesmo que ela. A minha motivação era jogar melhor para treinar com ela. Depois já disse várias vezes que o Nadal é a minha grande referência, sempre foi. O meu golpe de direita é assim pela minha admiração ao Rafa mas também aprecio muito como é fora do campo, na sua vida. É fantástico ver como o êxito dele não o fez mudar e continua a ser uma pessoa amável e normal.
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BATER RECORDES
O que mais me motiva é procurar a excelência e fazer com que as pessoas gostem de me ver jogar. Sou uma jogadora versátil porque adoro ser agressiva em court mas também aprecio muito a elegância do jogo. O ténis é um desporto de perdedores, por muito importante que seja ganhar. O principal para mim é desfrutar do processo e criar um legado, ter uma carreira longa e saudável, desfrutar do trabalho diário e assumir as derrotas porque fazem parte deste caminho.
DESEJO EM MELHORAR E GERIR A PRESSÃO
Tudo mudou no momento em que ganhei Roland Garros em 2020, foi um curso acelerado de maturidade. É muito difícil gerir a pressão e as expetativas que se geram em torno de uma rapariga tão jovem como eu era. A maioria das tenistas têm o objetivo de carreira de ganhar um Grand Slam e o facto de ter conseguido tão cedo, só aumentou a minha fome de glória. Tenho que encontrar o equilíbrio nesse sentimento para lidar bem e para que me sirva de motivação. Preciso de melhorar o serviço para ter mais confiança em momentos importantes. Também creio que tenho margem de evolução a nível mental, preciso de ter pensamentos mais construtivos e lidar melhor com as emoções em court.