Após fazer história na última sexta-feira (27) ao lado de Rafael Matos com o título de duplas mistas do Australian Open, Luisa Stefani retomou os treinamentos nesta segunda-feira (30) em Melbourne, na Austrália, visando a próxima gira de torneios. O troféu foi o primeiro Grand Slam de uma dupla totalmente brasileira e o primeiro de uma mulher desde 1968 com Maria Esther Bueno.
A tenista número 34 do mundo nas duplas da WTA embarca nesta próxima quinta-feira (02/02) para Abu Dhabi, nos Emirados Árabes, onde irá disputar o WTA 500 local, ao lado da chinesa Shuai Zhang. Na sequência, ela jogará com a cazaque Anna Danilina nos torneios WTA 500 de Doha, no Catar, e o WTA 1000 de Dubai, nos Emirados Árabes, nas semanas dos dias 13 e 20 de fevereiro.
“Tirei o final de semana para comemorar. Não é todo dia que
ganhamos um Grand Slam, momento muito especial. E estou deixando cair a ficha. Sem palavras para descrever as emoções dos últimos dias. Eu e o Rafa conseguimos aproveitar muito e conquistar um sonho que mexe com a gente de maneira diferente. E eu ainda estou absorvendo tudo”, disse a atleta.
“Já voltei a treinar, estou super motivada. Acabei fechando algumas parcerias meio que de última hora porque a próxima gira já estava em cima e não consegui jogar a chave de dupla feminina do Australian Open. Espero em fevereiro estar mais bem posicionada para poder fechar uma parceria mais fixa, de repente, a partir de março. Estou animada para a próxima gira”, completou a tenista.
Cinco títulos desde setembro
Luisa ficou um ano afastada das quadras por conta da lesão no ligamento cruzado anterior do joelho e retornou em setembro passado. Desde então, ela disputou oito torneios e venceu cinco, sendo o primeiro Grand Slam no Aberto da Austrália e o WTA 500 de Adelaide, também na Austrália. Esse último foi ao lado da norte-americana Taylor Towsend, ainda invicta na temporada. Ano passado, a brasileira venceu o WTA 1000 de Guadalajara, no México, com a australiana Storm Sanders; o WTA 250 de Chennai, na Índia, com a canadense Gabriela Dabrowski; e o WTA 125 de Montevidéu, no Uruguai, com a carioca Ingrid Martins.
“É uma mescla de muito trabalho, mas não conseguiria imaginar tanto sucesso logo de cara nessa volta”, apontou. “Foi um passo de cada vez, semana após a outra, não tinha como visualizar algumas coisas, como o estado do joelho. Mas com o tempo, fui pegando confiança, ficando cada vez melhor. A parte mais importante dessa minha volta foi jogar com meninas diferentes e com o Rafa, que me ajudaram o tempo todo e assim fui crescendo”.
Luisa ainda detalhou os motivos pela parceria com Matos ter dado certo. E os dois já combinaram de jogar Roland Garros juntos, de olho nos Jogos Olímpicos de Paris em 2024. “Rafa me deu muita confiança e liberdade para fazer o que eu faço melhor. Ele é muito rápido e sólido do fundo. Nossa comunicação foi muito boa para a gente poder jogar da maneira que queríamos, impondo nosso jogo mesmo nos momentos mais difíceis. Ao longo da semana, houve momentos onde não jogamos bem ao mesmo tempo – um jogava bem e outro não, e vice-versa. Essa comunicação fora e dentro da quadra, a partir da United Cup, onde treinamos juntos, e ter essa clareza de como iríamos jogar foi muito natural, trabalhamos em cima disso. Foi muito legal a experiência de jogar com ele”, explicou.
“Estou super animada. Nós nos empolgamos, visando a Olimpíada de Paris 2024. Roland Garros é o próximo torneio de mistas, então iremos fazer uma coisa de cada vez, muito animada para jogar no saibro”, finalizou.