Sinner e a subida a número dois do Mundo: «Nunca pensei que podia chegar aqui»

Por Pedro Gonçalo Pinto - Abril 1, 2024

Jannik Sinner não pára de acrescentar páginas douradas a um 2024 que já é brutal. Com três títulos em quatro torneios disputados, o italiano agora sagrou-se campeão do Miami Open e garantiu a subida ao segundo lugar do ranking ATP, algo que nunca tinha imaginado. E já olha para o que aí vem na terra batida.

MAIS IMPORTANTE O TÍTULO OU SER NÚMERO DOIS

Significa muito para mim, mas o mais importante é o meu rendimento, especialmente nas meias-finais e final. Ser o número dois do Mundo é incrível, nunca pensei que podia chegar aqui a este ponto. Venho de uma família muito normal, os meus pais continuam a trabalhar. O desporto é uma coisa e a vida é diferente. Estou muito contente por estar neste posto, desfruto de cada momento. Ganhar um torneio é sempre especial.

ELOGIOS DE MEDVEDEV A SINNER E ALCARAZ

Significa muito muito, mas é algo que temos de demonstrar. Comecei a temporada realmente bem. Nunca pensei em começar assim, mas significa que tenho de continuar no momento. O passado já está. Cada torneio é uma nova oportunidade. É como vejo. Tenho uma grande equipa comigo que me leva a ser melhor. Sabemos o que temos de melhorar. Agora vem a terra batida, onde costumo sofrer.

Leia também:

AGORA A TERRA BATIDA

Não há muito tempo para nos adaptarmos, o primeiro treino para o Mónaco é na quinta-feira. Nem uma semana para me adaptar à terra batida. Há sempre resultados estranhos no Mónaco, veremos este ano. O objetivo principal é Roland Garros. Antes temos Roma, um torneio realmente especial para mim. É sempre incrível jogar perante o público local. Tenho a sensação de que aprendi muitas coisas no último ano e que posso estar melhor. Fisicamente estou noutra forma.

MUDANÇAS FEITAS

A maior mudança que fiz foi física. Trabalhámos muito no ginásio e isso ajuda no court mentalmente. Sabes que podes jogar durante horas e manter o nível. Também melhorei o meu serviço, algo que ajuda bastante. No lado tático, tentar entender como jogar contra certos jogadores ajuda-me muito. Darren e Simone estão a fazer um trabalho incrível comigo. Entendem o que tenho de melhorar.

O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt