Sinner: «Caso de doping não é motivação extra. A verdade está do meu lado»

Por José Morgado - Janeiro 26, 2025
Sinner

Jannik Sinner, número um do Mundo e campeão do Australian Open pela segunda temporada consecutiva, passou este domingo pela sala de conferências de imprensa e, sem grande surpresa, um dos temas dominantes acabou por ser o iminente recurso da Agência Mundial de Antidopagem para o Tribunal Arbitral do Desporto, que pode suspender o italiano de 23 anos a partir de meio da temporada. Sinner não teve o resultado dessa audiência e assegura que essa incerteza não lhe deu motivação extra.

“Não estou a pensar no recurso para o TAS neaste momento. Acabei de terminar mais um torneio incrível aqui. Quero aproveitar este momento. Sabemos as datas da audiência agora, mas quero aproveitar este momento. Muitas coisas aconteceram fora do court que vocês talvez não saibam, mas eu tento bloquear todas essas coisas. Tenho a minha equiopa, todas as pessoas que são próximas de mim e que confiam em mim. Posso conversar com elas. Quando entro em campo, concentro-me nos encontros. Tento manter minhas rotinas e esquecer o resto. É óbvio que está na minha mente, mas sei que estou nessa posição agora e tenho de lidar com isso. O que aconteceu aconteceu e a incerteza em torno deste caso não é uma motivação extra para mim. Este caso já foi julgado anteriormente e o resultado foi em meu favor. Acredito que voltará a ser de novo”, assegurou.

O italiano ficou naturalmente contente com a sua performance. “Foi uma performance incrível da minha parte. De nível muito alto. No segundo set, tive um pouco de sorte no tiebreak, mas estou muito feliz por vencer novamente aqui na Austrália. Entrei em court a tentar ser agressivo e depois me senti mais confiante quando comecei a comandar o encontro”.

Sinner elogiou bastante Simone Vagnozzi e assegura que quer tornar-se num tenista mais completo nas restantes superfícies já em 2025. “Falamos muito sobre o Darren [Cahill], mas o Simone também é incrível. Ele mudou-me como jogador. Deu-me muita confiança de que eu poderia ser diferente e melhor. A combinação de dois treinadores e pessoas muito boas foi muito importante. Fui muito feliz no dia em que os encontrei. Sinto-me mais confortável em piso rápido, mas quero ser um jogador completo e melhorar nas outras superfícies. Isso também é fascinante nesta modalidade.”

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Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 16 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: jose_guerra_morgado@hotmail.com