Serena e o seu último torneio: «Não sei se estou pronta para ganhar o US Open, mas vou tentar»

Por José Morgado - Agosto 9, 2022
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Serena Williams anunciou esta terça-feira que vai retirar-se do ténis no US Open, numa longa e emocionante carta publicada na revista ‘Vogue’, onde fala da sua relação com o ténis desde a infância, até ao momento — que admite ser muito duro — do adeus à modalidade. A norte-americana de 40 anos admite não saber se está pronta para lugar pelo título no último torneio da sua vida, mas assegura que dará o seu melhor.

“Infelizmente não estava pronta para ganhar Wimbledon e não sei se estou pronta para ganhar o US Open. Mas vou tentar. Estes próximos torneios vão ser divertidos. Sei que havia uma espécie de ‘fan fantasy’ que dizia que eu igualava a Margaret Court em Wimbledon, ultrapassava-a no US Open e dizia adeus. Mas a vida é assim mesmo. Não procuro cerimónias nem despedidas. Sou péssima a dizer adeus. A pior do Mundo. Vou ter muitas saudades vossas“, escreveu Williams.

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Serena colocou ainda em perspetiva o seu legado. “Quando comecei a jogar ténis queria ganhar o US Open uma vez e nunca pensei para além disso. Mas depois não parei. Lembro-me quando ultrapassei os Grand Slams da Hingis, depois da Seles. Igualei a Billie Jean King e superei a Evert e a Navratilova. Cheguei aos 23 Grand Slams e há quem diga que sou a melhor de todos os tempos apesar de ter menos um Slam do que a Margaret Court, que venceu 24 antes da Era Open. Mentiria se dissesse que não pensei nesse recorde. Talvez em demasia e isso prejudicou-me nas quatro finais que tive depois de ser mãe. Talvez devesse ter estado à altura nessas quatro finais. Mas estive 23 vezes à altura e estou feliz com isso”.

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Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 13 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: josemorgado@bolamarela.pt