Segredos com Nadal, recados a Djokovic e a rivalidade dos três: Federer abre o livro

Numa extensa conferência de imprensa onde tocou quase todos os temas possíveis, Roger Federer não fugiu a nenhuma questão. Nem mesmo quando foi questionado sobre o que têm sido os últimos meses de Novak Djokovic, desde a desqualificação no US Open à polémica com o Conselho de Jogadores ou ao Adria Tour. O suíço diz que o sérvio é bem intencionado, mas deixou alguns recados.

“No US Open teve um azar incrível, todos sabem disso. Claro que tens de te controlar, mas pode acontecer a qualquer um. Quanto ao Adria Tour, foi demasiado cedo? Talvez. Não vejo o Novak há muito tempo, mas ele faz o melhor pelos jogadores. Só não fez sentido quando era o presidente do Conselho de Jogadores e criou uma nova organização ao mesmo tempo. Não é preciso ter sempre a mesma opinião, mas é importante trocar ideias juntos. Os barulhos negativos de fundo não são bons para o ténis, mas já acalmou um pouco. Já se fala de resultados e recordes outra vez. Não estou em Doha para fazer política, só me preocupo com o meu regresso”, sustentou.

Quem também mereceu palavras de Federer foi Nadal. E muito especiais. “Vi-o crescer desde que era um miúdo, aconteceu tudo à frente dos meus olhos. É uma daquelas pessoas no mundo do ténis a quem eu podia ligar a qualquer momento e contar-lhe um segredo para ficar só entre nós os dois. Aprecio muito que tenhamos construído uma relação como a que temos”, confessou, antes de falar sobre a rivalidade entre os três.

“É um debate que geramos e que é bom ter! O que Rafa e Novak conseguiram nos últimos tempos é extraordinário. Também não têm 25 anos e estão ao mais alto nível. Talvez eu seja a bitola deles no que diz respeito à idade como Pete Sampras foi para mim”, disse.