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Santoro recorda conversa recente com Federer: «Mesmo quando joguei contra ti, eu estava por ti»
Roger Federer é o jogador mais consensual do ténis e, porque não, do desporto mundial. Não apenas entre os adeptos, também entre os atuais e os antigos tenistas. Fabrice Santoro, com o suíço mediu forças em onze ocasiões, ganhando nove delas, é a prova viva disso mesmo. Em entrevista ao jornal L’Equipe, o antigo número seis mundial desdobrou-se em elogios e aproveitou para revelar uma conversa recente que teve com o seu antigo rival.
“Para todos os que continuavam a ter dúvidas, isto prova que ele é um jogador singular”, disse o francês de 45 anos, comentando o regresso ao topo do ranking de Federer. “Eu não esperei por esta conquista para perceber que ele joga [noutro campeonato]. Ele está sempre com vontade de ganhar, é profissional e disciplinado, apesar de estar consciente de que tem menos combustível do que tinha antigamente”.
Santoro continua. “Ele percebeu que tinha de mudar algumas coisas. Trocou de raquete, encurtou os seus encontros e passou a subir mais vezes à rede. Isso requer muito trabalho, mas ele conseguiu fazê-lo de forma brilhante”.
Para o antigo jogador gaulês e atual treinador de Richard Gasquet, as razões para o recordista de títulos do Grand Slam (20) continuar no circuito, aos 36 anos, são todas e mais algumas. “Ele é o número um do mundo e, cada vez que é chamado ao court, ele diverte-se. É adorado por todo o mundo e recebido como uma estrela de rock onde quer que jogue. Está profundamente feliz por andar por cá. Por que razão haveria de parar?”.
Disse-lhe: ‘hoje, foi a primeira vez que estive a torcer contra ti’
A admiração de Santoro por Federer não se extingue nos elogios feitos por intermédio da imprensa. “Quando ele defrontou o Richard [Gasquet] em Melbourne, este ano, falei com ele nos balneários depois do encontro”, contou. “Disse-lhe: ‘hoje, foi a primeira vez que estive contra ti’. Ele disse-me, ‘mas nós jogámos um contra o outro’. E eu respondi, ‘sim, mas mesmo quando joguei contra ti, eu estava por ti’. Ele riu-se e perguntou-me, ‘lembras-te da primeira vez que nos defrontámos? Foi em Tolouse, em 1999”.
“De facto, no ténis há de tudo: uns que gostam de treinar, outros que gostam de disputar encontros, de viajar… E, depois, há um que gosta de tudo”, terminou o antigo jogador gaulês.
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