Sabalenka admite: «É triste ver tantas surpresas em Wimbledon»

Por Nuno Chaves - Julho 2, 2025
Foto: EPA

Aryna Sabalenka ainda apanhou um pequeno susto mas acabou por garantir a qualificação para a terceira ronda de Wimbledon.

A número um mundial viu a sua adversária servir para fechar o primeiro set, mas arranjou forma de dar a volta ao contexto. Em conferência de imprensa, a bielorrussa abordou não só esse momento como as muitas surpresas que têm existido neste arranque de prova, bem como dos problemas mentais revelados por Alexander Zverev.

BOUZKOVA SERVIU PARA FECHAR

Não podia devolver a bola antes desse momento. Tinha que devolver a bola para o outro lado do court. Só tentava colocar tantas bolas quanto pudesse desse lado, pressionar o máximo que conseguisse sobre ela. Fiquei muito contente por ter conseguido quebrar o serviço dela de volta. Naquele momento senti-me emocionada, muito forte. Acho que esse momento me ajudou a ganhar o primeiro set e a estar um pouco mais livre no segundo.

MUITAS SURPRESAS EM WIMBLEDON

É triste ver tantas surpresas no torneio, tanto no quadro feminino como no masculino. É triste de ver. Sinceramente, tento focar-me em mim mesma. Claro que estou a par de todas essas surpresas. Acho que é muito importante focar-me em mim mesma e ir passo a passo, sem olhar para o quadro. Isso pode criar muitos nervos e muitas dúvidas e outras coisas.

REVELAÇÕES DE ZVEREV

Tive terapeuta durante cerca de cinco anos na minha carreira e deixei de trabalhar com ela em 2022. Na verdade, é uma loucura ouvir alguém como o Alexander porque ele está sempre rodeado pela família. É muito importante falar abertamente sobre o que quer que estejas a passar. Acho que é muito importante ser aberto e falar sobre o que estás a viver, porque se guardares para ti, isso vai destruir-te. No momento em que começas a falar dos teus problemas, começas a perceber muitas coisas. Isso ajuda a resolvê-los. Ele tem de ser um pouco mais aberto, não só consigo mesmo, mas com a família, a equipa, para que todos saibam o que se passa na sua cabeça. Acho que isso é o mais importante. Como eu com a minha equipa, falamos sempre muito. Por isso não preciso de terapeuta, porque tenho a minha equipa. Podemos falar de qualquer coisa. Sei que não me vão julgar. Não me vão culpar. Simplesmente vão aceitar e vamos trabalhar para ultrapassar isso. Acho que este é o melhor conselho que posso dar ao Sascha.

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Jornalista na TVI; Licenciado em Ciências da Comunicação na UAL; Ténis sempre, mas sempre em primeiro lugar.