Rybakina desvaloriza ter nascido em Moscovo: «Nem sequer passo tempo na Rússia»

Por Pedro Gonçalo Pinto - Julho 7, 2022
rybakina

Elena Rybakina tem dado que falar não só por ter chegado à final de um torneio do Grand Slam pela primeira vez na carreira. É que, num ano em que tenistas russos e bielorrussos foram proibidos de jogar Wimbledon, o All England Club pode celebrar uma jogadora… que nasceu em Moscovo. No entanto, Rybakina desvaloriza esse facto e mostra-se orgulhosa por representar o Cazaquistão.

CHEGOU SEM EXPECTATIVAS

Sinceramente não esperava estar na segunda semana de Wimbledon, especialmente na final. Sempre acreditei que tinha ténis para chegar longe nos Grand Slams e que algum dia poderia ganhar um. Mas o processo foi duro devido às lesões que sofri. Não tive uma boa preparação e não vim num momento em que os resultados acompanhavam. Sentia-me mais relaxada sabendo que não chegava a Wimbledon com a melhor preparação possível.

LIGAÇÃO À RÚSSIA

Jogo pelo Cazaquistão há bastante tempo. Confiaram em mim, sinto-me muito feliz por representar o Cazaquistão. Joguei Jogos Olímpicos, a Fed Cup… Nasci na Rússia, sim, mas represento outro país. Nem sequer passo tempo na Rússia, treino na Eslováquia, no Dubai e estou sempre a viajar. Até o presidente da minha federação veio ver-me jogar, é uma honra.

PANDEMIA TRAVOU-A

Foi muito duro porque estava em alta. Sentia-me muito bem, era tudo novo para mim. Depois da Covid-19, tornou-se bastante complicado voltar. Não treinei nada durante a pandemia, não foi fácil. Depois vieram alguns problemas de saúde, alergias, constipações, lesões. O meu treinador dizia que não tinha de esperar até estar perfeita. Devia ganhar como me sentisse. É questão de continuar a treinar e a melhorar. Agora entendo as coisas. Não tenho de estar na melhor condição para ganhar torneios.

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O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt