Ruud: «Não continuaria a jogar se não acreditasse que posso bater os melhores»

Por José Morgado - Agosto 13, 2025

O verão competitivo de Casper Ruud não tem sido brilhante e, até ao momento, os resultados ficaram aquém das expectativas. O norueguês, atual número 12 do ranking ATP, optou por abdicar de toda a temporada de relva para recuperar energias, mas a estratégia ainda não se traduziu em vitórias consistentes. Depois da eliminação precoce no ATP Cincinnati 2025, o vice-campeão de três torneios do Grand Slam deu uma entrevista reveladora ao podcast The Sit-Down, do Open da Austrália, na qual analisou a atualidade do circuito e destacou dois nomes em particular: Carlos Alcaraz e Jannik Sinner.

“Não continuaria a competir se não acreditasse que posso vencer qualquer jogador do top”, começou por dizer Ruud. “Agora há dois jogadores, Alcaraz e Sinner, que, sinceramente, estão a levar o ténis para um nível um pouco diferente. Mas continuo a acreditar que é possível chegar ao nível deles e que se pode ganhar-lhes. Caso contrário, não creio que continuasse aqui.”

A rivalidade com os dois jovens campeões ainda não lhe trouxe grande sucesso — frente a Sinner perdeu os quatro encontros realizados, sem conquistar qualquer set. Contra Alcaraz, porém, soma uma vitória, alcançada nas ATP Finals da última temporada, o que lhe serve de motivação para continuar a acreditar.

Na entrevista, Ruud recordou também o que considera ter sido uma ascensão meteórica: “De agosto de 2020 a agosto de 2022, passei do top 30 para número 2 do mundo. Foi uma evolução incrível e muito rápida, que mudou a minha vida e carreira. Não era uma grande estrela júnior nem tinha resultados impressionantes, e dois anos depois estava a lutar pelo número 1 e pelo meu primeiro Grand Slam, contra o Alcaraz no US Open.”

Sobre os objetivos para o futuro, Ruud não esconde a ambição: “O objetivo final e definitivo da minha carreira é levantar um troféu de Grand Slam. Não será fácil, porque há muitos jogadores que pensam o mesmo e o nível é realmente alto.”

Com o US Open 2025 no horizonte, o norueguês tentará inverter a maré e mostrar que ainda tem argumentos para competir — e vencer — contra os melhores do mundo.

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Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 16 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: jose_guerra_morgado@hotmail.com