Rune: «Federer é o meu favorito, mas Djokovic impressiona a treinar»

Por José Morgado - Maio 24, 2021

Holger Rune, jovem de 18 anos que ainda lidera o ranking mundial de juniores apesar de ter deixado de competir no escalão em 2019, está em Portugal para jogar o Oeiras Open 4, Challenger 50, e mostrou-se contente com a sua exibição na primeira ronda.

“Foi um grande encontro. Difícil porque há muito que não jogava um encontro, mas consegui jogar da forma como tenho treinado, diante de um adversário difícil”, confessou o jovem dinamarquês, que recentemente tem competido em muitos torneios ATP com ajuda de wild cards. “Sinto-me bem. Apesar de ser muito jovem, sinto que já tenho muita experiência. Acho que já sei o que fazer para derrotar este tipo de tenistas. Foi bom ter a experiência de jogar todos aqueles encontros a nível ATP. Há uma grande diferença entre o nível de juniores e seniores. Os juniores cometem mais erros, tomam mais decisões erradas. Mentalmente há muitas diferenças.”

Holger Rune trabalha na Dinamarca com o treinador português José Silva, que dirige o escalão de sub-18 no seu país. “Ele é o treinador do clube, está lá há 4 ou 5 anos. É uma excelente pessoa, um bom treinador e diz-me sempre coisas boas sobre Portugal. É a minha terceira vez aqui, depois de ter ido à Beloura e a Setúbal.”

O líder mundial de juniores tem igualmente ligação à Academia de Mouratoglou. “Treino algumas vezes na Academia do Mouratoglou porque eles têm excelentes jogadores lá para treinar. Na Dinamarca não temos tantos assim desta qualidade”, revelou o dinamarquês, que não esconde ter ficado mais impressionado com Djokovic nos treinos. “O meu jogador favorito é o Roger, mas só aqueci com ele uns 30 minutos. Em treinos o Djokovic é impressionante. É incrível como ele consegue ser tão focado e ao mesmo tempo muito simpático e divertido fora do campo. Todos estes são jogadores excelentes e é ótimo poder treinar com todos”.

Os objetivos em termos de ranking até ao final do ano… não são modestos. “Gostava de entrar no top 100 mundial até ao final do ano e ganhar um Challenger. Por que não já esta semana?”

 

Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 16 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: jose_guerra_morgado@hotmail.com