Rune: «Estou a recuperar mais rápido do que o previsto»

Por José Morgado - Dezembro 19, 2025
Rune

Holger Rune continua a dar sinais muito positivos na recuperação da rotura do tendão de Aquiles sofrida no ATP de Estocolmo, há cerca de dois meses. O tenista dinamarquês encontra-se atualmente em Doha, onde cumpre mais uma fase do processo de reabilitação, assumindo que está a recuperar mais rápido do que o inicialmente previsto, embora sem querer apressar o regresso à competição.

Em entrevista à Sports Illustrated, Rune explicou o ponto da situação. “Estou em reabilitação em Doha. Já passaram exatamente sete semanas desde a cirurgia e tudo está a correr um pouco mais rápido do que o planeado”, revelou, acrescentando que já caminha sem bota e com sapatos normais, ainda que com algumas adaptações para proteger o tendão. “Estamos a sobrecarregar o tendão quase todos os dias, mas também temos um dia de descanso. O objetivo é evitar qualquer recaída”, sublinhou.

O dinamarquês admitiu que os primeiros dias após a lesão foram difíceis, mas destacou o apoio da família e da equipa. “O dia em que aconteceu foi devastador, mas depois disso concentrei-me no desafio que tinha pela frente. Não posso dar-me ao luxo de desanimar”, afirmou.

Rune garantiu ainda que está a trabalhar para regressar numa versão ainda mais forte. “Vou voltar mais em forma do que antes. Trabalho muito o tronco e a parte superior do corpo. Não sou de ficar parado”, explicou, reconhecendo que a principal lição desta lesão é aprender a descansar mais.

O jogador foi também crítico em relação ao calendário da ATP. “São demasiados torneios. A fadiga é a principal causa destas lesões. Os Masters de duas semanas são completamente desnecessários”, defendeu, pedindo maior compreensão por parte da ATP.

Apesar de tudo, Rune mantém intacta a ambição. “O meu sonho continua a ser ser o melhor jogador do mundo. Não estou satisfeito com onde estou. Quero voltar como a melhor versão de mim mesmo”, concluiu.

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Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 16 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: jose_guerra_morgado@hotmail.com