Rublev radiante com a ‘sorte’: «Posso ir ao casino, vou ganhar de certeza»

Por Nuno Chaves - Janeiro 23, 2023

Andrey Rublev foi protagonista de um dos encontros do dia ao vencer de forma dramática Holger Rune com um match point que fica para a história… pela sorte.

O russo, qualificado para os quartos de final do Australian Open, falou aos jornalistas em conferência de imprensa e confessou ter sido o dia em que teve mais sorte na sua vida.

JOGO DE LOUCOS

Hoje a mente esteve fora do controlo, estive a lutar muito. Tive sorte, não sei se foi uma prenda, especialmente a partir do 5-2 do quinto set, não sei como consegui ir buscá-lo. Comecei a pensar que tinha terminado, por isso, de alguma forma fiquei mais leve e comecei a jogar com muita mais concentração, cada vez melhor. O momento decisivo foi a 6-5 e dois match points para ele, pensei que ainda podia levar ao tie-break. Depois voltei a pensar o mesmo, via tudo sentenciado, estava seguro, mas não fiz como em Roland Garros, não me rendi por completo. Tentei jogar melhor, ficou 7-2, houve alguns bons pontos, fiz também alguns ases. O último ponto nunca me aconteceu na vida, foi o momento de maior sorte. Não pode haver um melhor momento que esse, match point para estar nos quartos de final com 10-9 no tie-break, uma resposta que toca na rede e a bola passa. Foi o momento de maior sorte na minha vida, agora posso ir ao casino que de certeza que vou ganhar.

ATITUDE NO TIE-BREAK

Por dentro pensava que tinha terminado, estava demasiado longe. A única coisa que dizia a mim mesmo era: ‘Por favor, não faças o mesmo que em Roland Garros’. Aí rendi-me por completo quando estava 7-2 abaixo e acabei por perder 10-2. Aqui tentei ganhar, pelo menos, mais um par de pontos e se consegues ganhar três melhor. Se tens a oportunidade de ganhar quatro, então são quatro. Fui somando pouco a pouco até virar para 7-6 e o meu serviço. Depois 8-7. Já sabem como terminou, foi tudo diferente do que tinha imaginado.

SEGUE-SE DJOKOVIC

O Novak é um jogador muito difícil de vencer, especialmente, nos Grand Slams. Tem mais experiência para ganhar este tipo de encontros, por isso, é um dos melhores da história. A única oportunidade que tenho é se jogar o meu melhor ténis, se lutar por cada bola, isso é tudo, é a única oportunidade.

Jornalista na TVI; Licenciado em Ciências da Comunicação na UAL; Ténis sempre, mas sempre em primeiro lugar.