Richard Gasquet: «É um prazer sentir que ainda sou tenista»

Por Rodrigo Caldeira - Maio 26, 2025
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Richard Gasquet adiou esta segunda-feira a sua retirada depois de vencer o seu compatriota Terence Atmane por 3-1 (6-2, 2-6, 6-3 e 6-0). Vamos ver por mais quanto tempo o veterano consegue prolongar a sua carreira. Depois do encontro, Gasquet mostrou-se feliz em conferência e satisfeito com o seu desempenho.

VITÓRIA DE HOJE 

“Quando jogas contra um francês aqui, é sempre estranho, o público também reage de forma diferente. Além disso, é a primeira vez que se disputa um encontro deste tipo. De certeza que também não foi fácil para ele, teve uma quebra física no segundo set e depois a situação arrastou-se até ao terceiro, mas fico feliz por ter conseguido continuar e sentir que ainda não estou acabado. Mostrei que ainda tenho coragem. O momento em que mais sofri foi no segundo set, mas no terceiro consegui voltar a pressioná-lo. Foi difícil pensar que podia ser o meu último jogo, é algo muito estranho, mas consegui vencer e isso é muito gratificante.”

CONDIÇÕES COMPLICADAS

“Foram condições complicadas, estava frio, pelo menos eu senti frio em campo. Como já disse, jogar contra outro francês nunca é fácil, e o jogo foi muito irregular. Para mim, até foi positivo, permitiu-me voltar à luta, mesmo que os meus amigos e familiares tenham estado lá a passar frio. A tribuna presidencial estava cheia, por isso fico com essa imagem: pude ver alguns dos meus colegas ali presentes, e isso deixou-me contente.”

SINNER NA SEGUNDA RONDA

“Prefiro sempre defrontar outro francês, não posso dizer o contrário. Para mim, é importante que os franceses ganhem, mas, enfim, se puder jogar contra o número 1 do mundo esta quinta-feira, também seria fantástico. Seria um sorteio maravilhoso para mim. Para já, consegui vencer este jogo, por isso posso acabar por jogar contra ele. Tendo em conta que estou no fim da minha carreira, e que este pode ser o meu último jogo, não poderia sonhar com nada melhor do que enfrentar o número 1 do mundo. Será um prazer competir na Philippe Chatrier ou em qualquer outro court, mesmo sabendo que não será um encontro fácil.”

CONTINUAR A SER TENISTA

“Venho de um período em que rompi a barriga da perna duas vezes, por isso não foi um mês fácil. A verdade é que nem sabia se conseguiria jogar aqui, embora hoje não tenha sentido dores. Obviamente, quando se para durante um mês, sabemos que não é fácil jogar bem logo no primeiro encontro. Ainda por cima com este frio, mas consegui, e é um prazer sentir que continuo a ser tenista. Amanhã de manhã continuarei a ser tenista, algo que poderia ter perdido hoje. Sinto-me aliviado por ir dormir esta noite sabendo que vou voltar ao court. É uma sensação muito boa.”

Apaixonado por desporto no geral, o ténis teve sempre presente no topo da hierarquia. Mas foi precisamente depois de assistir à épica meia-final de Wimbledon em 2019 entre Roger Federer e Rafael Nadal, que me apaixonei e comecei a acompanhar de perto este fabuloso desporto. Atualmente a estudar Ciências da Comunicação na Universidade Autónoma de Lisboa.