Apesar das três derrotas em finais nos últimos tempos — a primeira delas há dois meses, no Del Monte Lisboa Belém Open do CIF —, o tenista gaulês manteve a calma e não se deixou levar por pensamentos negativos quando cedeu o primeiro set sem qualquer break point a favor.
A partir desse momento, Van Assche levou o embate mais para o plano físico (Neuchrist veio da fase de qualificação e jogou inúmeras longas batalhas toda a semana), apostou nas pancadas paralelas para desgastar o adversário e agarrou-se ainda mais a todos os pontos para quebrar o experiente opositor (31 anos) em definitivo física e mentalmente (a qualidade das decisões foi diminuindo com o decorrer do duelo).
Depois de duas finais perdidas em Portugal, à terceira foi mesmo de vez para o “teenager” em solo luso — além da final Challenger no CIF, Luca Van Assche já tinha disputado uma final precisamente neste palco, no Maia Jovem (reputado torneio internacional de sub 14) de 2018.
Assim, a jovem promessa francesa e mundial estreou-se a vencer torneios enquanto profissional (a sua galeria de títulos não tinha sequer qualquer troféu ITF) e ainda garantiu a entrada no top 150 do ranking ATP na próxima segunda-feira.
“Foi uma grande semana, em que tive encontros muito difíceis, e estou muito feliz por conquistar o título. A Maia será sempre um local especial para mim e significa muito ter ganho aqui, porque vencer um Challenger era um dos objetivos para este ano e consegui fazê-lo no último torneio”, partilhou na derradeira conferência de imprensa da semana.