Preparador físico de Federer avisa: «Os músculos dele não são os mesmos»

Por José Morgado - Fevereiro 24, 2021
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Pierre Paganini, o famoso preparador físico de Roger Federer como quem o suíço trabalha há duas décadas, está confiante de que o campeoníssimo irá regressar aos courts a bom nível dentro de duas semanas, mas alerta que o processo de regresso ao melhor nível será muito mais lento do que em 2017, quando o suíço voltou de uma lesão grave pela primeira vez.

“Tínhamos este joelho sinalizado há muito tempo. Sempre lhe deu problemas, fazíamos trabalho específico para isso. Estamos a falar de alguém com mais de 1500 encontros de ténis disputados. É normal que estas coisas aconteçam. Quando ele quis ser operado, assumimos essa responsabilidade”, começou por referir Paganini, em entrevista ao ‘Tages Anzeiger’, antes de detalhar um pouco mais sobre a recuperação. “Não vou dar detalhes sobre processos médicos mas apenas posso dizer que o mais importante é que não tenhamos mais contrariedades. Ao contrário do que aconteceu em 2016, os músculos deterioraram-se consideravelmente porque ele parou muito tempo.”

E em que ponto está a recuperação de Federer? No início de outubro, começámos a um nível mais baixo. No entanto, tentámos desde o início incorporar aspectos de coordenação. Como o corpo reage a isto ou aquilo. Tudo, desde o menor movimento após a operação até o ponto em que, com sorte, ele poderia voltar a jogar ténis de novo. É um longo caminho”, assumiu. “Ele agora treina praticamente de forma normal. Se pudessem vê-lo diriam que não está lesionado e que está tudo bem. Mas não se esqueçam: só quando todas as etapas são concluídas é que a reatividade começa a funcionar. Isso é muito importante no ténis.

As expectativas para o regresso devem ser baixas. “O Roger só joga quando sabe que pode jogar bem novamente. Todos nós temos que ver como o corpo reage ao regresso. É importante protegê-lo. Isto não é comparável a 2016. Já é uma grande vitória se ele conseguir voltar ao court, jogar e depois dizer: “Estou bem, ansioso pelo o próximo jogo. Neste momento só temos certezas quanto a Doha. Dubai logo se vê”.

Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 16 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: jose_guerra_morgado@hotmail.com