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Pete Sampras: «Federer é um daqueles monstros da natureza que aparecem a cada 50 anos»
Não é muito comum vermos Pete Sampras, uma das maiores glórias da história da modalidade, vir a público dar entrevistas. Mas aconteceu. E a razão só poderia ser uma: Roger Federer. Em declarações ao site oficial de Wimbledon, o antigo tenista norte-americano falou sobre a temporada de 2017 do suíço.
“O Roger teve um ano mágico, jogando a um nível altíssimo e a melhorar o seu jogo com 35 anos. Foi incrível ver como conseguiu manter a sua forma física e mental, querendo jogar ao melhor nível de novo e a ser feliz com o ténis”, reconheceu, deixando elogios ao planeamento de época do tenista de 36 anos.
“Federer é um desses monstros da natureza que aparecem a cada 50 anos. É ordenado e meticuloso na sua organização da temporada. Ama o jogo e continua a desfrutar das viagens”, comentou o vencedor de 14 torneios do Grand Slam, admitindo que Federer pode continuar durante mais anos nesta forma. “Se quiser, pode seguir a jogar um ou dois anos a fazer o que se sabe”.
Na opinião de Sampras, o título em Melbourne foi um dos maiores feitos de Roger. “Foi incrível voltar após seis meses e ganhar um Grand Slam. Creio que nos surpreendeu a todos o que aconteceu no Open da Austrália, pelo court, pelo calor, pela forma como ganhou. No entanto, não fiquei surpreendido por ganhar Wimbledon, devido à superfície e experiência. Ele pode ganhar Wimbledon todos os anos”, revelou.
Sobre os recordes de Federer e Nadal, no que diz respeito ao número de Grand Slams, o ex-jogador norte-americano admitiu que esperava ver os seus 14 títulos no topo durante mais algum tempo. “Jamais tinha imaginado que jogadores como o Federer ou Nadal batessem recordes tão rápido. Pensava que o meu de 14 Grand Slams ia permanecer mais tempo e nunca pensei que dois homens me superassem tão depressa”, comentou, não deixando de parte Novak Djokovic, que conta com 12 troféus.
“Era impensável que coincidissem em simultâneo três jogadores com tantos Majors. Foram tremendamente consistentes e seguem a trabalhar com ilusão. Isso é o que mais me admira”, concluiu.
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