Pedro Sousa deixa futuro em aberto: «Não sei, vamos ver. É uma decisão que tenho de tomar»

Por José Morgado - Dezembro 1, 2022

Pedro Sousa, um dos melhores jogadores portugueses de todos os tempos, desistiu esta quinta-feira nos oitavos-de-final do Maia Open, no encontro diante de Nuno Borges, e no final admitiu as muitas dificuldades que tem sentido nos últimos meses, não negando que este pode ter sido o último torneio da sua carreira. Caído para fora do top 500, Sousa não poderá utilizar mais o seu ranking protegido e, a partir de agora, só poderá jogar Challengers com recurso a convites.

LESÃO NA VIRILHA

“Estou com um toque na virilha já há um mês. Fiz uma micro-rotura em Espanha e tem estado ‘vai não vai’. Já melhorou, já piorou e hoje senti outra vez. Na primeira ronda já senti, hoje já acordei pior do que ontem e tinha estado dois dias de cama antes do torneio. Houve um ponto em que senti logo um ‘toque’ e não fazia sentido arriscar mais.”

PROBLEMA NÃO É NOVO E É… MAIS UM

“A lesão já sabia o que era, mas estou desiludido porque não tem sido fácil. É mais uma lesão. Quando joguei consegui exibir-se sempre a um bom nível, mas as lesões têm aparecido. É a vida. Durante o verão senti que estava talvez a jogar o melhor ténis da minha carreira, mas desde o verão tenho tido muitas lesões. Quando jogo, jogo bem, mas são muitos problemas.”

E AGORA, A SUA CARREIRA?

“E agora… não sei. Vamos ver. É uma decisão que vou ter de tomar. Há mais pessoas envolvidas agora nesta decisão. É minha, mas há pessoas que têm de ser consultadas. Está tudo em aberto, não sei sinceramente o que vou fazer. Vou tomar uma decisão depois da próxima semana. Não quero sentir pressão nesse sentido.”

PLANOS PARA O FUTURO?

“Eu quando acabar esta parte da minha vida quero também aproveitar os meus filhos e a minha família. Ainda não sei bem o que vou fazer a seguir. É uma decisão que não pode ser tomada à pressa.”

Nuno Borges avança para os ‘quartos’ do Maia Open à custa da desistência de Pedro Sousa

Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 13 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: josemorgado@bolamarela.pt