Pedro Sousa brinca com viagem para a Austrália: «Tenho medo de andar de avião»

Por José Morgado - Janeiro 8, 2019

Pedro Sousa vai viver nos próximos dias uma experiência única, quando se estrear no quadro principal de um torneio do Grand Slam, no Australian Open 2019. O lisboeta de 30 anos, atualmente no 103.º posto do ranking ATP, passou pelos estúdios portugueses do Eurosport e antecipou a viagem para Melbourne, que teve uma paragem na Índia, para jogar o ATP 250 de Pune, mas que ainda assim foi longa… demais. Pelo menos na perspetiva do português.

Como é que eu giro as minhas viagens? É um assunto um pouco difícil porque como tenho medo de andar de avião são sempre momentos desagradáveis, digamos. Tento gerir da melhor maneira possível. Aproveitar para descansar. Não consigo dormir muito. Tomo um ou outro comprimido para ver se consigo dormir algo na viagem, mas é uma viagem bastante longa. De qualquer das formas chegamos lá de rastos a precisar de recuperar. Demora dois a três dias até o corpo estar a 100 por cento. Tento fazer isso da melhor maneira”, confessou o português.

Pedro Sousa tem no Australian Open o seu major favorito. “Acho que grande parte do circuito, e eu incluo-me nessa parte, acha que é o melhor ‘Grand Slam’. As pessoas são simpáticas. A cidade é incrível. Tratam-nos muito bem. Somos sempre muito bem recebidos. Querem-nos fazer sentir em casa. Bem-dispostos. Há qualquer coisa naquela cidade que torna o torneio especial.”

O português está confiante nas chances lusas nesta prova. Tenho treinado com o João Domingues. Parece-me que está bem, está a ganhar forma. Também acho que tem as suas hipóteses de passar. Ele não será cabeça-de-série, mas num dia bom pode fazer frente a qualquer adversário. Tem as suas hipóteses. O João [Sousa] discute o jogo com qualquer adversário, é um jogador cada vez mais experiente e tem-se mantido no topo já há bastantes anos. Acho que pode chegar longe. Agora no US Open chegou à quarta ronda. Por que não fazer igual agora na Austrália?!

Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 13 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: josemorgado@bolamarela.pt