Pai de Alcaraz só deu 48 horas para Ferrero aceitar o novo contrato e o problema não terá sido o dinheiro

Por José Morgado - Dezembro 18, 2025
Ferrero-Alcaraz

A negociação do novo contrato de colaboração entre Juan Carlos Ferrero e Carlos Alcaraz esteve na origem da rutura entre o treinador valenciano e o atual número um do ténis masculino. Ferrero recebeu a proposta contratual na manhã do passado sábado, com a condição de aceitar ou rejeitar o documento no prazo máximo de 48 horas.

Segundo foi apurado pelo jornal ‘MARCA’, o contrato incluía várias cláusulas consideradas inaceitáveis pelo técnico espanhol. Apesar de prever uma redução significativa no salário, o aspeto financeiro não foi o principal entrave à continuidade da parceria. As maiores divergências surgiram em pontos não diretamente relacionados com o ténis, cujos contornos não foram detalhados, mas que Ferrero entendeu como incompatíveis com o seu papel e autonomia profissional.

O prazo para uma decisão terminou na manhã de segunda-feira, sem acordo entre as partes. Dois dias depois, na quarta-feira, foi anunciada oficialmente a separação, colocando fim a uma ligação iniciada em 2018 e que esteve na base da ascensão meteórica de Alcaraz ao topo do circuito mundial.

Na temporada agora concluída, Carlos Alcaraz arrecadou cerca de 18,8 milhões de dólares em prémios monetários, elevando o total de ganhos da sua carreira profissional para 57,5 milhões. Números que sublinham a dimensão desportiva e comercial do tenista espanhol.

A rutura marca o fim de uma das parcerias mais marcantes do ténis recente e abre um novo capítulo tanto para Alcaraz como para Ferrero, figuras centrais do panorama tenístico internacional.

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Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 16 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: jose_guerra_morgado@hotmail.com