O Rei do Saibro: confira os números impressionantes de Rafael Nadal em Roland Garros

Por Marcela Linhares - Maio 24, 2023

Considerado o “Rei do Saibro”, Rafael Nadal possui números verdadeiramente assustadores na superfície. Certamente não seria diferente em Roland Garros – torneio de Grand Slam que já conquistou por 14 vezes na carreira. Ele está fora do Major francês primeira vez desde 2005 por conta de lesão, mas as estatísticas dele são eternas e dificilmente serão um dia superadas.

NÚMERO DE VITÓRIAS

Desde que disputou o torneio pela primeira vez em 2005, Nadal alcançou o total de 112 vitórias… em 115 jogos. Sim, Rafa perdeu apenas três partidas em mais de 15 edições de Roland Garros. Isso dá cerca de 97,3% de aproveitamento. Impressionante!

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ALGOZES

Tendo tão poucas derrotas, é até difícil fazer uma lista, mas estamos aqui para isso. A primeira derrota de Rafa no torneio foi em 2009, quando foi surpreendido por Robin Söderling nas oitavas de final. Novak Djokovic é o tenista que mais venceu o espanhol no torneio: duas vezes, em 2015 e em 2021, nas quartas de final e semifinal respectivamente.

DESISTÊNCIAS

Em sua carreira, Nadal possui sete desistências, sendo uma em Roland Garros. Em 2016, por conta de uma dor no punho esquerdo, Nadal não conseguiu dar sequência e, não querendo agravar a lesão, se retirou na terceira rodada. Essa foi a queda mais precoce do espanhol em Roland Garros. Quem avançou com isso foi o compatriota Marcel Granollers.

CINCO SETS

Acredite se quiser, mas das 112 vitórias que Nadal teve, apenas três exigiram que o espanhol disputasse um quinto set e… ele venceu todas. A primeira vez foi em 2011 logo na primeira rodada contra John Isner. Curiosamente, após vencer a primeira parcial por 6-4, Nadal se viu atrás no placar quando o norte-americano venceu dois tie-breaks. Mostrando a resiliência de sempre, Rafa conseguiu vencer os últimos dois sets por 6-2 e 6-4 e evitou a zebra.

Outra partida que exigiu que o último set fosse disputado aconteceu em 2013 em partida válida pela semifinal. Naquela época, o set decisivo de Roland Garros ainda era conhecido como “set longo” (ainda não tinha tie-break final) e Novak Djokovic levou o espanhol ao máximo, mas acabou perdendo por 9-7 em jogo que durou 4h37. Nesta quinta parcial, Rafa ainda tinha sido quebrado no primeiro game e viu Nole abrir 2-0 no placar. O sérvio sustentou a vantagem até o oitavo game quando viu o rei do saibro devolver a quebrar e deixar tudo igual com 4-4. A única quebra seguinte veio no que viria a ser o último game da partida e Nadal encerrou anotando 6-4, 3-6, 6-1, 6-7 e 9-7.

A terceira e última vez que Rafa disputou a quinta parcial foi na temporada passada quando saiu atrás no placar contra Félix Auger-Aliassime nas oitavas de final e conseguiu contornar a situação. Com o placar de 3-6, 6-3, 6-2, 3-6 e 6-3, o espanhol levou a melhor e seguiu firme na competição.

VIRADAS

De todos os jogos que Rafa disputou em Roland Garros, apenas em 11 vezes o espanhol saiu atrás no placar. Em nove desses jogos, o espanhol conseguiu contornar e venceu a partida. Interessante ressaltar que três dessas viradas foram na decisão do torneio em 2005, 2006 e 2014 contra Mariano Puerta, Roger Federer e Novak Djokovic respectivamente.

RANKING EM CADA UMA DAS EDIÇÕES

Nadal esteve presente em 18 edições de Roland Garros. Em sete dessas o espanhol entrou na chave principal como segundo colocado e em quatro ele participou do Slam como primeiro. Confira abaixo o ranking do maiorquino em cada uma das edições.

#1 – 2009, 2011, 2014 e 2018

#2 – 2006, 2007, 2008, 2010, 2012, 2019 e 2020

#3 – 2021

#4 – 2013 e 2017

#5 – 2005, 2006 e 2022

#7 – 2015

DUELOS CONTRA BRASILEIROS

Rafael Nadal já venceu um tenista brasileiro por três vezes no saibro parisiense e todas sem perder sets. Em 2008 e 2010, Rafa passou por Thomas Bellucci e em 2009 venceu Marcos Daniel.

Me formei em jornalismo em 2019 pela FACHA - faculdade localizada no Rio de Janeiro. Depois de cursos sem sucesso, me descobri no jornalismo e escolhi estudar com objetivo de seguir o tênis. Estagiei na CNN durante a Olimpíada no Rio, escrevi sobre o esporte em sites colaborativos e não me vejo fazendo outra coisa. Em 2020 fiz pós graduação em jornalismo esportivo e sigo na área desde então passando por colaborações na VAVEL, UOL, Revista Tênis e hoje no Bola Amarela.