O bom e velho Del Potro está de regresso à luta
“As minhas mãos estavam a tremer. Sinto-me vivo”. As palavras eram desnecessárias, tal era a a cara de felicidade de Juan Martin Del Potro após a vitória diante de Stanislas Wawrinka, quarto pré-designado, na segunda ronda de Wimbledon, mas o argentino de 27 anos soube escolhê-las na perfeição na hora de falar sobre aquele que é o seu melhor triunfo dos últimos três anos.
De regressar à competição em fevereiro, depois de um ano afastado devido a graves problemas no pulso, o antigo número quatro mundial e atual 165.º ATP revelou que está de novo pronto para a luta, impondo-se por 3-6, 6-3, 7-6(2) e 6-3, ao cabo de 2 horas e 43 minutos diante de um top-10, algo que não acontecia desde o ATP Finals de 2013, onde derrotou Richard Gasquet, então número nove.
Foi também há três anos que Del Potro, agora com Dani Vallverdu na sua equipa técnica, chegou tão longe num torneio do Grand Slam, tendo atingido as meias-finais precisamente na relva do All England Club, onde só esbarrou em Novak Djokovic.
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“É uma sensação fantástica. Estive tão feliz no court, o resultado não importa. É como se fosse a minha segunda ou terceira carreira na minha curta existência. Estive tão triste em casa nos últimos dois anos”, confessou. “Quero partilhar este momento com o público. Apoiaram-me em cada ponto e foi por isso que continuei a lutar em todos os sets”.
Com a chuva a dar tréguas apenas a espaços, apenas mais dois encontros masculinos ficaram concluídos até ao momento neste quinto dia de prova. Tomas Berdych confirmou o seu estatuto de favorito diante de Benjamin Becker (6-4, 6-1 e 6-2) e Jo-Wilfried Tsonga afastou igualmente sem problemas Juan Monaco, por 6-1, 6-4 e 6-3.