Nuno Borges quer fechar com chave de ouro: «Ganhar o torneio era acabar o ano em perfeição»

Nuno Borges, número 210 do ranking ATP, vive um grande momento da carreira e vai disputar um dos encontros mais especiais até agora. É que o português de 24 anos irá discutir o título no Maia Open II, a jogar em casa perante família e amigos. Por tudo isso, juntar o título de singulares ao de pares seria a cereja no topo do bolo para um tenista que vai entrar no top 200.

“Ajuda sempre já ter passado por algo semelhante, mas é sempre um torneio diferente e estou a jogar em casa à frente de amigos e família. Ganhar o torneio era acabar o ano em perfeição. Em casa, no último torneio, poder pousar a raquete uns dias, mas não muitos porque preciso de me preparar para a Austrália. Era espetacular uma vitória aqui num torneio especial”, admitiu.

Questionado sobre a vitória sobre Elliot Benchetrit, Borges analisou o duelo de forma pragmática. “Estou muito feliz. Sabia que ele era muito de argumentar e discutir um bocadinho, é sempre difícil gerir isso. Temos de estar sempre prontos para a adversidade. Mas foi só gerir isso. Ele não conseguiu jogar o encontro todo e eu fiz a minha parte que é estar lá e ser consistente. Senti que consegui focar-me muito bem no jogo. Quando estava quase a ganhar não estava a pensar que estava perto de ir para a final. Por isso é que correu bem. Tenho de tentar fazer isso outra vez amanhã”, apontou.

Sobre o adversário na final, o maiato não vai pensar muito no dia em que defrontou Chun-Hsin Tseng na final de um torneio do ITF World Tour em 2018. “Pode não ser um jogador muito grande, mas força e explosividade não lhe faltam. Não vai depender só de mim. Depende de mim como em qualquer outro jogo e terei de jogar bem. Ele está muito bem, portanto tenho de estar à altura para ganhar. Tenho uma ideia muito vaga. Ele estava a jogar muito bem, vinha numa série de vitórias e tinha acabado de ganhar Wimbledon em juniores. Lembro-me mais ou menos. Um jogador completo, muito bom no fundo de campo, é rápido. Não vou usar muito esse jogo como base”, confessou.