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«No primeiro dia, perguntou-me: ‘de quanto tempo preciso para voltar ao topo’?»
Se o caminho para o regresso ao topo do ranking foi uma verdadeira roda-vida para Novak Djokovic, não se pode dizer que Marian Vajda tenha tido a vida mais facilitada. Campeão de dois Grand Slams em 2018 e atual número um mundial, Djokovic chegou a ser 22.º em junho e precisou de ir repescar o seu antigo treinador e velho amigo para se reencontrar com a sua melhor versão.
“O Novak estava cheio de dúvidas”, começou por dizer Vajda, em entrevista ao jornal suíço Berner Zeitung. “Conheço-o há muitos, muitos anos, mas foi como começar do zero. Foi uma sensação estranha”, relembra. “O mais difícil para ele era a comparação que havia o que ele era. Tive de evitar esses pensamentos, esse foi o meu maior desafio”, contou.
“No primeiro dia, ele perguntou-me: ‘Marian, de quanto tempo é que eu preciso para voltar a ser eu?’. Respondi-lhe: ‘o que é que queres que eu responda? Acabei de voltar, não sou bruxo. Isto é um processo’. Nunca pensei que aconteceria tão rápido”, admitiu Vajda, explicando que precisou de terminar com o seu estado de ansiedade. “Tive de acalmá-lo primeiro, trabalhámos juntos durante onze anos, seu como lidar com ele. Disse-lhe: ‘és um campeão. Temos de encontrar as nossas rotinas novamente. Temos de ultrapassar esta fase difícil”.
Vajda revela que um dos momentos mais marcantes, e que acabou por ser de viragem, aconteceu depois da dura derrota para Marco Cecchinato em Roland Garros. “Dois ou três dias depois, ele ligou-me e disse-me: ‘decidi jogar’. A questão seria se jogaríamos Wimbedon, Halle ou Queen’s. Optámos por Queen’s e quando pisou pela primeira vez a relva esqueceu-se de tudo o que estava para trás. Apesar de perder na final contra o [Marin] Cilic, o torneio deu-lhe muita confiança”, recordou.
“Mas se tivesse de escolher um encontro que o fez finalmente despertar, seria as meias-finais de Wimbledon, contra o Rafael Nadal. Foi incrível. Essa vitória fê-lo acreditar. Ele voltou a perder o medo de perder” referiu.
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