Nishikori conta porque comprou a sua primeira mansão na Florida: «Lá ninguém quer saber de mim»

Por admin - Novembro 9, 2016
Kei Nishikori (C), US Open Tennis runner-up, is greeted by hundreds of his fans upon his arrival at the Narita international airport in Narita, suburban Tokyo on September 13, 2014. Japanese tennis star Nishikori lost at the final of a Grand Slam by Croatian Marin Cilic 3-6, 3-6, 3-6 on September 8. AFP PHOTO / JIJI PRES JAPAN OUT (Photo credit should read JIJI PRESS/AFP/Getty Images)

Aos 26 anos, Kei Nishikori começa a ser um habitué das ATP World Tour Finals. O japonês está a completar uma terceira temporada consecutiva dentro dos oito melhores tenistas do Mundo, mas garante que ainda não se acostumou à sua popularidade, que no seu país chega a níveis de fanatismo e histeria impressionantes.

Este ano, no torneio de Tóquio, um simples treino do herói local foi acompanhado por 9 mil pessoas e a desilusão acabou por ser muita quando o número cinco mundial se viu obrigado a desistir diante de João Sousa, na segunda ronda da prova. “É uma loucura. Impossível andar na rua em Tóquio. Tenho de andar de chapéu, óculos de sol, às vezes máscara. Adoro os meus fãs, mas tenho dificuldades em lidar com o assédio.”

Nishikori, que até criou uma aplicação de telemóvel para contactar mais diretamente com quem gosta de si, volta a explicar a razão pela qual decidiu comprar a sua primeira casa… em Bradenton, bem próximo da Academia de Nick Bolletieri, para a qual foi viver ainda em criança. “Na Florida ninguém quer saber de mim, posso treinar e concentrar-me na minha profissão. Se estivesse no Japão iria perder-me noutros compromissos e não poderia treinar”.

Michael Chang, o seu treinador, sabe o quão tímido é o japonês. “Ele é tímido e está sempre nos locais onde não há barulho ou confusão. Mas torna-se mais conversador juntos dos seus amigos japoneses e de quem tem mais confiança. Ele costuma dar muita importância ao que as pessoas dizem sobre ele, mas com o tempo e maturidade já vai sabendo fazer melhor esse balanço.”