Nick Kyrgios não gosta de ténis e preferia o basquetebol

Com apenas 20 anos, Nick Kyrgios é já adorado por muios e odiado por outros tantos no circuito mundial. A verdade é que o jovem australiano arrasta multidões para onde quer que vá e todos querem ver de perto a razão pela qual é apontado como uma das futuras referências do ténis, embora Kyrgios nem sempre estivesse para aqui virado.

O gosto do atual número 29 do mundo pelo basquetebol sempre foi algo conhecido. Aos 14 anos, Kyrgios teve de escolher entre os cestos as raquetes e acabou por optar pelo desporto individual. Contudo, de acordo com o que disse ontem em Londres, essa foi uma opção que resultou de algumas influências:

“Não gosto muito de ténis. Não adoro. Era uma loucura quando tinha 14 anos, quando estava a dar tudo no basquetebol e tomei a decisão de jogar ténis. Fui influenciado pelos meus pais e até hoje não consigo amar este desporto”

“É bom quando se está no court”, continuou Kyrgios”, “não há nada a esconder, mostramos tudo a nível físico, tático e mental. Mas eu adoro basquetebol e sempre adorei. Quando estou em viagens entre torneios tento não ver muitos vídeos basket para me manter focado, mas é difícil”.

Mesmo com uma carreira em andamento no ténis e com boas perspetivas para o futuro, o finalista do Estoril Open confessou que ainda hoje sonha com uma carreira no basket: “estava a tentar isso aos 14 anos e mesmo agora, quando estou em competição, ainda penso por alguma razão que isso é possível, mesmo que esteja a competir num desporto completamente diferente. É pena mas é assim que as coisas são”.

Uma “sugestão de almoço” com Nadal

Com presença assídua nos grandes torneios do ténis mundial, Kyrgios cruza-se frequentemente com os jogadores de elite e diz já ter criado boas relações com alguns deles, especialmente com Roger Federer:

“Ele é um ídolo dentro e fora do court, semana após semana. Está sempre a tentar ajudar e promover os torneios, faz tudo. Joguei um encontro incrível com ele em Madrid (encontro que venceu), e depois ele aparece na semana seguinte e vence. Temos uma relação muito boa”.

Para o australiano, Novak Djokovic é alguém que “assusta um pouco” pelo facto de não ter “uma única fraqueza no jogo”, apesar de nunca se terem encontrado: “é sólido de ambos os lados, serve bem, responde bem e é um bom atleta. Espero estar pronto quando chegar a altura de o defrontar”.

E quanto a Nadal? “Não falo muito com ele e acho que não temos a melhor das relações como tenho com o Roger”, admitiu Kyrgios, que se mostra aberto a mudar isso: “estou disposto a almoçar com ele ou alguma coisa assim”.

Nadal lá terá as suas razões…