Nadal: «Não quero saber se sou o melhor da história. Quero é mais noites como esta!»

Por Pedro Gonçalo Pinto - Janeiro 31, 2022

Alguém que vá beliscar Rafael Nadal. É que o dono de 21 títulos do Grand Slam ainda não acredita completamente no que aconteceu num domingo verdadeiramente histórico no ténis. O espanhol conquistou o Australian Open de forma milagrosa diante de Daniil Medvedev, isto muito pouco tempo depois de colocar em causa se sequer ia poder continuar a jogar ténis. Por tudo isto, Nadal não podia estar mais feliz.

“Se juntarmos tudo, o sítio, o momento… Sim, pode ser a maior reviravolta da minha vida. Foi uma noite inesquecível. O apoio do público foi incrível. Estava muito cansado mas sentia o apoio de todos. Sei o que significa ganhar 21 Slams. Este foi um dia incrível, mas não posso esquecer o que lutei nos últimos seis meses para voltar. Foi muito duro. Tive conversas com a minha equipa e disse que não sabia se ia poder jogar de novo. Sinto-me um sortudo só por estar aqui. Não quero saber se sou o melhor da história. Quero é mais noites como esta!”confessou na conferência de imprensa.

Nadal confessou que fisicamente não era suposto ter aguentado mais de 5 horas a este nível e ainda avaliou o facto de se ter sagrado campeão. “Não treinei o suficiente para suportar fisicamente um encontro como este. Dei tudo o que tinha dentro dem im. Nem sequer tinha forças para festejar. Era o dia para deixar tudo em court. Desfrutei da luta, do encontro, e ter o troféu comigo é incrível. Foi o título mais inesperado na minha carreira. Depois do que vivi nos últimos meses, isto significa muito para mim. Sempre tive a ilusão de voltar a jogar e isso trouxe-me até aqui”, destacou.

Na frente da corrida com Roger FedererNovak Djokovic por mais Grand Slams, Rafa não esconde que quer continuar no topo, mas já é um homem feliz. “Não posso estar sempre a olhar para o lado. Quero ser o que tem mais, não me escondo. É isto o desporto, a competição. Quero terminar com mais Majors do que os outros. Mas também digo que não é uma obsessão. Sempre me esforcei para conseguir mais títulos do que os outros, mas se alguém ganhar mais do que eu tenho de aceitar. Seja quem for a ganhar mais, todos cumprimos os nossos sonhos e superámos as nossas expectativas”, rematou.

O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt