Nadal: «Há três semanas estava em Maiorca, não me mexia e perdia todos os dias com miúdos da academia»
Rafa Nadal continua a sonhar e qualificou-se para os oitavos de final do ATP 1000 de Madrid após resistir a uma enorme batalha de três horas.
O antigo número um mundial, que vai voltar ao court esta terça-feira (e num horário inédito na sua carreira) falou aos jornalistas sobre a sua expetativa e também da importância de continuar a responder a momentos exigentes.
EXPETATIVA PARA A REAÇÃO DO CORPO
Estou contente mas não sei como me vou levantar a nível de fadiga. Mas sinto que não fiz dano, há que esperar mas, para mim, isto é o mais importante. Fisicamente há que melhorar em muitos aspetos mas consegui aguentar, estou bem.
JOGAR TRÊS HORAS: COMO AGUENTAR FISICAMENTE
É uma incógnita porque há muito tempo que não jogo um encontro de três horas. É uma pena não ter ganhado o segundo set mas, no final, no momento em que estou, o segundo set dava-me mais do que jogar três horas. Mas aconteceu e acabei por ganhar, estou feliz por isso, por ter aceitado o terceiro set e por ter melhorado.
NO CAMINHO CERTO
Não sei se dei um passo na minha recuperação, até ver como estou amanhã não se sabe. Esta é a minha realidade atual. O primeiro é ver se sou capaz de jogar dois dias seguidos e de jogar com garantias em poder competir. Espero que sim mas não estou a dar nenhuma notícia. É uma incógnita para mim, há tempo que não jogo assumindo estas cargas num encontro oficial. Mas se conseguir competir amanhã será uma semana muito positivo. Aconteça o que acontecer, jogar quatro encontros aqui é uma boa notícia. Vamos ver se recupero destas cargas e se posso recuperar automatismos, velocidade e qualidade. Isso só com vitórias e encontros.
CHANCES PARA OS ‘OITAVOS’
Surpreendia-me ganhar, ainda para mais depois do encontro de hoje. Amanhã jogo contra um rival de um nível muito alto. Treinei com ele no outro dia, tem um serviço muito potente com pancadas fortes no fundo do court. É mais um passo. O De Minaur está num ranking superior ao do Lehecka mas a qualidade e velocidade de bola dele é igual, veremos. Ganhar hoje não me surpreendeu mas ganhar amanhã seria mais um passo mas, para mim, competir já significa muito. Há três semanas e meia em Maiorca estava quase sem conseguir servir e sem me mexer. Perdia com todos os jovens da academia todos os dias e agora estou aqui a competir com pessoas do circuito outra vez. Estar competitivo já é um êxito.
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