Nadal: «Estar 14 dias fechado num quarto é um mal menor tendo em conta o que se passa no Mundo»

Por José Morgado - Janeiro 26, 2021
Nadal

Rafael Nadal, número dois do ranking mundial, é um dos tenistas que tem colocado mais a sua carreira em perspetiva nestes tempos de pandemia. No verão passado, o espanhol de 34 anos não quis viajar par Nova Iorque para jogar o US Open no meio da crise pandémica, mas desta feita tomou uma decisão diferente e voou até Melbourne para jogar o Australian Open. A cumprir quarentena em Adelaide, Rafa explicou como é o seu dia a dia.

“Aqui em Adelaide temos cerca de quatro horas e meia em que podemos sair do quarto. Varia as horas. Hoje [segunda-feira] por exemplo calhou-me o turno do meio-dia. Treino cerca de duas horas e depois voltamos aos quartos. Tenho uma passadeira, uma bicicleta, trabalho com o meu fisioterapeuta, cozinho… e aqui estou”, confessou em declarações à ESPN Argentina.

O espanhol percebe quem se queixa, especialmente aqueles tenistas que não podem treinar, mas lembra que há gente que está em condições muito piores. “Solidariedade máxima com todos os que estão a passar esta quarentena de forma mais desagradável. Espero que passem o menos mal possível e consigam ter todas as vantagens possíveis quando saírem para que se possam adaptar. É uma situação mundialmente muito dura. Estar 14 dias fechado é desagradável, mas comparado com o que se passa no Mundo é um mal menor. Nós vivemos em países muito afetados pelo vírus com histórias diárias muito tristes e conhecidos que perderam familiares próximos ou têm família internada e sozinha. Não devemos queixar-nos excessivamente daquilo que estamos a passar. Estar aqui é uma sorte e continuar a trabalhar também. Estamos saudáveis, estamos aqui e contentes por poder continuar a trabalhar. Sim estamos fechados, mas estamos em hotéis de cinco estrelas, temos comida e quem cuida de nós está a fazer o melhor possível para que tudo corra bem.”

Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 13 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: josemorgado@bolamarela.pt