Murray supera maratona de campeões com Wawrinka em Cincinnati e encara Norrie

Por Pedro Gonçalo Pinto - Agosto 15, 2022

Num duelo entre velhas raposas donas de títulos do Grand Slam, Andy Murray ultrapassou Stan Wawrinka numa batalha que ilustra bem a paixão pelo ténis que os dois ainda têm. Os dois veteranos sofreram, foram assistidos mais do que uma vez — em algumas alturas em simultâneo — e lutaram ao cabo de quase três horas na primeira ronda do Masters 1000 de Cincinnati.

Contas feitas, o que é certo é que Murray, de 35 anos, escavou uma forma de bater Wawrinka, de 37 anos, pela 13.ª vez em 22 confrontos na carreira. Os parciais 7-6(5), 5-7 e 7-5, ao cabo de 2h57 exemplificam bem o que se passou em court, com destaque para a loucura na terceira partida. Stan quebrou para fazer o 2-0, numa altura em que Murray sofria muito com cãibras, mas o britânico inventou uma forma de quebrar logo de volta e fez a diferença na reta final.

Segue-se agora um adversário bem exigente que também teve de ultrapassar uma batalha para seguir em frente. Falamos de Cameron Norrie, número 11 do ranking ATP, que foi esticado quase até ao limite por Holger Rune (29.º). O dinamarquês deixou uma imagem diferente daquela que tem mostrado desde Roland Garros e esteve perto da surpresa, mas acabou a ceder com os parciais 7-6(5), 4-6 e 6-4, em 2h35. Rune teve as suas oportunidades, mas não resistiu num terceiro set muito duro.

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Também na segunda ronda está Marin Cilic (17.º), que confirmou o favoritismo sobre Jaume Munar (87.º), ao triunfar por 6-3 e 6-3. Ainda assim, o resultado esconde o facto de o croata ter sido obrigado a salvar cinco pontos de break, negando a fuga de Munar especialmente no primeiro parcial, antes de descomplicar a situação. Já John Isner (50.º) avançou à boleia de 31 ases contra Benjamin Bonzi (48.º), com os parciais 7-6(11), 3-6 e 7-6(4), seguindo-se Hubert Hurkacz.

O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt