Murray perde peso e ataca 2021: «Críticas de Wilander motivaram-me»

Por José Morgado - Novembro 26, 2020
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Andy Murray, ex-número um mundial, viveu um 2020 particularmente desafiante, mesmo no meio do caos que a temporada foi para todos os jogadores — e para o Mundo em geral. O escocês de 33 anos, antigo número um do ranking mundial, ganhou apenas três encontros de singulares em todo o ano e chegou mesmo a ver a atribuição do seu wild card para Roland Garros (onde perdeu na primeira ronda com Stan Wawrinka) ser contestada por Mats Wilander, antigo número um do Mundo. Murray não esconde que isso lhe deu motivação adicional, mas revela que ficou ainda mais motivado quando fez uma avaliação física.

“As críticas do Wilander motivaram-me, pelo menos a curto prazo. É claro que um mês depois já não é algo a que dês valor, mas naquela altura fez-me pensar, refletir e cheguei mesmo a fazer alguns testes. O que me motivou realmente foi medir a minha percentagem de gordura corporal. Quando recebi os resultados não gostei nada”, admitiu Murray. O ex-líder mundial tinha um índice de massa gorda corporal de 10% no auge da carreira, número bem diferente daquele que apresentou em 2020. “Trabalhei muito duro depois da operação à anca para chegar a este nível físico, mas posso fazer melhor. Posso comer melhor e posso trabalhar melhor no ginásio. Estou a trabalhar bem nesta pré-temporada. Precisava de 10-12 semanas para me preparar, como um pugilista antes de um grande combate”.

Murray, que este ano — apesar de tudo — derrotou Alexander Zverev no ATP Masters 1000 de Cincinnati (o alemão viria a ser vice-campeão do US Open 15 dias depois), assegura que ainda pode jogar bom ténis. “Não me esqueci de como se faz. Estou a trabalhar para estar saudável durante um longo período de tempo. É disso que preciso para me sentir verdadeiramente jogador de novo”.

Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 13 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: josemorgado@bolamarela.pt