Murray defende lugar na história: «Não era só o Big Three»
Num momento em que apenas Novak Djokovic continua a representar o lendário «Big Three», as memórias da era dourada do ténis começam a viver sobretudo através de entrevistas, documentários e recordações. Mas Andy Murray, frequentemente apontado como o elemento “extra” dessa geração, voltou a defender o seu papel nesse capítulo histórico.
Em entrevista ao The Tennis Podcast, o escocês recordou os anos em que rivalizou de igual para igual com Djokovic, Federer e Nadal, especialmente entre 2011 e 2012, período em que monopolizaram as fases finais dos maiores torneios mundiais. Apesar de reconhecer que o seu currículo está abaixo do trio dominante, Murray recusa a ideia de que o seu nome deva ser apagado dessa equação.
“Estou plenamente consciente de onde me encontro na hierarquia. Sei que o que eles conquistaram supera tudo o que eu fiz em campo. Mas houve uma fase da minha carreira em que a maioria dos grandes eventos — Grand Slams, Masters 1000, Jogos Olímpicos ou Taça Davis — era vencida por um de nós quatro. Sim, na maioria das vezes eram eles… mas não sempre”, explicou Murray, lembrando o seu impacto para além dos títulos do Grand Slam.
O antigo número um mundial abordou também a polémica em torno da sua presença na cerimónia de homenagem a Rafael Nadal em Roland Garros, onde se juntou a Federer e Djokovic na despedida do espanhol. Para alguns, Murray não deveria estar ao lado dos três gigantes. A resposta do britânico não deixou margem para dúvidas.
“Eu não pedi para estar lá. O próprio Rafa pediu que eu fosse. Quando dizem: “O que é que ele está ali a fazer?”, penso: ‘Não fui eu que me convidei’. Se era o que o Rafa queria, então perfeito. Se não me quiserem noutras ocasiões, também está tudo bem. Nunca forçarei a minha presença”, afirmou.
Uma posição firme de Murray, que exige que o seu legado seja visto com o peso que realmente teve.
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